Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
terça-feira, dezembro 23, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Dívida do setor sucroenergético deve cair em 2021/22, calcula Banco Alfa

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
17 junho, 2022
em Cana de Açúcar, Economia, Usinas
Tempo de leitura: 6 minutos
A A
0
Home Culturas Cana de Açúcar
Compartilhe no WhatsappShare on TwitterCompartilhe no Linkedin

O setor sucroenergético brasileiro, depois de longos anos sem boas perspectivas, viu uma retomada a partir da safra 2019/20, com investimentos para aumento de qualidade e produtividade sendo impulsionados pela melhora dos preços de produtos como açúcar e etanol.

De acordo com o superintendente de agronegócio do Banco Alfa, Manoel Pereira Queiroz, após um crescimento real da ordem de 14% na safra 2018/19, a dívida total do setor se manteve estável em 2019/20 e caiu cerca de 22% na temporada 2020/21.

Leia mais

Estresse hídrico afeta safra de cana em 2025 e ameaça produtividade no interior de São Paulo

Centro-Sul processa 18,76 milhões de t de cana na 1ª quinzena de novembro

Atvos e Cristiano Azeredo são destaques no Prêmio Visão Agro Brasil com conquistas em gestão e transformação digital

Adecoagro faz oferta de US$ 600 milhões à YPF por 50% restantes na empresa argentina Profertil

Os balanços da safra 2021/22, que serão apresentados em breve, deverão apresentar resultados bastante heterogêneos entre as empresas, em função da quebra de safra e da política de hedge adotada por cada grupo sucroenergético.

Manoel Pereira Queiroz fala um pouco de passado, o presente e o futuro do setor sucroenergético.

Ao longo dos últimos dez anos, quais foram os principais fatores econômicos que impactaram negativamente as usinas sucroenergéticas?
Não tenho dúvidas de que o maior impacto negativo ao setor nos últimos dez anos foi o congelamento de preços da gasolina por parte da Petrobras, entre 2011 e 2014. Mas é importante olhar em perspectiva. Tivemos um boom de expansão na década de 2000, quando alguns grupos se endividaram além do que seria prudente e, em seguida, tivemos a crise de 2008 que enxugou a oferta de crédito e aumentou consideravelmente o custo de captação. Quando veio o congelamento da gasolina, algumas usinas já estavam debilitadas. Foi, portanto, um golpe de misericórdia.

Depois de muitos anos de preços ruins, as usinas sucroenergéticas começam, a partir de 2019/20, a ver uma recuperação nos valores de açúcar e etanol. Como a melhora dos preços vem impactando as usinas no sentido de investimentos tanto no campo como nos parques industriais?
Os preços deram um novo ânimo e o setor voltou a investir, mas é importante notar que os investimentos foram muito mais em qualidade e produtividade do que em expansão. Investimentos como cogeração, biogás, monitoramento de frota, manejo agrícola e outros, visam gerar mais fluxo de caixa livre por tonelada de cana, o que é muito saudável. Vale notar que, por outro lado, a área ocupada com cana-de-açúcar no Centro-Sul, tem diminuído nos últimos anos.

Na safra 2022/23 – com perspectiva de uma moagem não muito maior do que a vista em 2021/22, além de preços do açúcar, etanol e petróleo mais altos –, o setor poderá esperar um ano ainda mais positivo? Como a alta nos custos de produção freia os ganhos das usinas e como isso impacta no caixa?
Os preços elevados de açúcar, petróleo e câmbio, sem dúvida nenhuma, ajudam muito. Por outro lado, os custos de produção aumentaram de forma considerável. Além disso, alguns grupos fixaram preços de açúcar antecipadamente durante o ano passado, preços esses que pareciam à época altamente remuneradores, mas cuja realização em alguns casos se dará a um valor abaixo do mercado à vista e com custos incorridos maiores que os previstos, comprometendo dessa forma as margens. Minha estimativa é que, na média, o saldo ainda será positivo, mas nesse ponto, vale reforçar que cada empresa é única, com custos de produção e situação financeira diferentes das demais. Enfim, algumas empresas serão mais afetadas com a elevação de custos que outras.

Qual é o atual nível de endividamento das usinas sucroenergéticas? Como se deu essa evolução ao longo dos últimos quatro anos?
Os últimos três anos, em particular, foram muito bons em preços, permitindo que a maioria das empresas do setor reduzisse sua alavancagem financeira. O mercado ainda não tem os números totalmente fechados da safra 2021/22; embora as usinas fechem o balanço em março, as publicações dos números auditados demoram a sair. Mas, em que pese um aumento de custos ocorrido já no ano passado e a queda da produtividade, nossa estimativa é que o setor teve, na média, redução da dívida líquida. Nunca é demais repetir que a média nesse setor não significa muita coisa. Com certeza, quando os números estiverem disponíveis, vamos constatar que, enquanto algumas empresas reduziram endividamento, outras ficaram no zero a zero ou apresentaram aumento em sua alavancagem.

Há uma expectativa de queda do nível de endividamento para os próximos anos?
Em relação a esta safra e aos próximos anos é muito difícil prever o comportamento da dívida. Além de depender de condições climáticas e comportamento dos preços, a geração de caixa de uma empresa pode ser usada para investir, pagar dividendos e/ou reduzir endividamento. Ou seja, uma determinada empresa pode resolver, por exemplo, usar sua geração de caixa, ou até mesmo tomar novas dívidas, para fazer frente a investimentos. Aumento da dívida para investimentos que irão gerar maior fluxo de caixa futuro é muito saudável.

Na sua visão, como as usinas sucroenergéticas vem evoluindo suas gestões financeiras? O que ainda falta ser feito?
De forma geral, a gestão financeira nas empresas sucroenergéticas evoluiu bastante. É raro uma usina de médio ou grande porte que não tenha um bom gestor financeiro, com formação robusta em finanças e boa interlocução com bancos e o mercado em geral. Há dez ou quinze anos, a interlocução era com o usineiro ou seu contador, que, por melhor que fosse em contabilidade, geralmente entendia muito pouco de gestão de passivo. Hoje, vários grupos acessam o mercado de capitais e muitos deles possuem ratings públicos emitidos pelas agências mais respeitadas do mundo. Várias usinas, incluindo as de capital fechado, adquiriram o costume de fazer “roadshows” trimestrais com os seus principais bancos, ocasião em que apresentam seus números com total transparência, abordando de forma direta os pontos que os financiadores entendem ser relevantes para a aprovação de crédito.

Quais são os pontos que deverão ser observados de perto pelo setor ao longo dessa safra (2022/23)?
Clima, produtividade, custo de produção, mercados de câmbio, petróleo e açúcar. É preciso também ficar atento à política do governo e da Petrobras em relação ao preço dos combustíveis. No entanto, eventos recentes têm mostrado que a governança da empresa ganhou robustez, o que inibe tentativas de intervenção. Particularmente, acho muito mais difícil uma manipulação nos preços dos combustíveis hoje em dia. Estou otimista quanto a esse ponto, seja lá qual for o governo de plantão.

Em 2021, a Raízen finalizou a compra da Biosev e se tornou o maior grupo sucroenergético do Brasil, com 35 unidades. Mais recentemente, tivemos também a compra da usina Santa Vitória pela Jalles Machado. Como você enxerga o movimento de consolidação de usinas? Há como prever mais fusões ou aquisições?
Acho muito saudável que as fusões e aquisições tenham voltado ao jogo, é sem dúvida uma ótima forma de entrar dinheiro no sistema, pois permite não só resolver problemas acumulados por alguns grupos ao longo dos anos, mas também novos investimentos em expansão e produtividade. No entanto, no que diz respeito a grupos endividados, não é tão fácil quanto parece. Uma usina em dificuldade financeira deixa de investir no canavial e na indústria. O comprador vai descontar do preço todo o investimento que terá que ser feito para recuperar a usina, além de todos os passivos fiscais e trabalhistas. Com tudo isso, muitas vezes a conta não fecha. Particularmente, acredito que ainda continuaremos vendo mais consolidação de canaviais do que consolidação de empresas no futuro próximo.

Considerando as questões macroeconômicas, políticas públicas e o cenário de preços, qual é o horizonte que pode ser vislumbrado para as usinas sucroenergéticas para esse e os próximos anos?
Sou muito otimista em relação ao médio e longo prazo. Temos um setor muito sustentável do ponto de vista ambiental, um verdadeiro exemplo de economia circular. Pela primeira vez em muitos anos, ao menos três importantes montadoras reconheceram que a solução elétrica 100% “plug-in” não serve para todos os países e recolocaram os biocombustíveis em seus radares. O biogás tem um enorme potencial para o setor, tanto para reduzir ainda mais a pegada ambiental como para gerar mais receita por tonelada de cana moída. Novas tecnologias disruptivas, como a semente de cana, prometem em poucos anos reduzir consideravelmente os custos de produção. Tudo isso, somado ao trabalho de melhoria contínua da gestão e da governança das empresas sucroenergéticas, indica um futuro promissor.

Fonte: RPA NEWS

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Diesel mantém cenário crescente e preço salta mais de 0,50% no início de junho, aponta Ticket Log

Próximo post

Açúcar: exportação atinge 785 mil toneladas em junho

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Previsão de chuvas no Brasil derrubam cotações do açúcar

Estresse hídrico afeta safra de cana em 2025 e ameaça produtividade no interior de São Paulo

19 dezembro, 2025
Persiste impasse entre usinas e produtores de cana sobre preços

Centro-Sul processa 18,76 milhões de t de cana na 1ª quinzena de novembro

18 dezembro, 2025
Atvos e Cristiano Azeredo são destaques no Prêmio Visão Agro Brasil com conquistas em gestão e transformação digital

Atvos e Cristiano Azeredo são destaques no Prêmio Visão Agro Brasil com conquistas em gestão e transformação digital

15 dezembro, 2025
Adecoagro faz oferta de US$ 600 milhões à YPF por 50% restantes na empresa argentina Profertil

Adecoagro faz oferta de US$ 600 milhões à YPF por 50% restantes na empresa argentina Profertil

15 dezembro, 2025
Raízen paga R$ 300 mil à CVM para encerrar processo sobre operação “fantasma” de E2G

Raízen tem até maio de 2026 para reenquadrar cotação das ações ao valor mínimo exigido

12 dezembro, 2025
Adjuvantes agrícolas ganham destaque em eventos

São Martinho fecha moagem da safra 2025/26 em 21,67 milhões de toneladas

11 dezembro, 2025
Lucro líquido da Bunge soma US$ 166 milhões no terceiro trimestre

Bunge obtém certificação à soja de Rondonópolis (MT) para produção de SAF

10 dezembro, 2025
Zilor anuncia aquisição de usina por R$ 600 milhões e aumenta capacidade de moagem

Zilor tem lucro líquido de R$ 195,5 milhões no 2º trimestre de 2025/26, alta de 82%

8 dezembro, 2025
De Vibra a Ultrapar: Distribuidoras ganham mercado após operações contra o crime

De Vibra a Ultrapar: Distribuidoras ganham mercado após operações contra o crime

8 dezembro, 2025
Be8 projeta suprir 24% da demanda gaúcha por etanol anidro com usina de trigo

BP Bioenergy amplia eficiência industrial na produção de etanol com uso de biotecnologia

8 dezembro, 2025
Carregar mais
Próximo post

Açúcar: exportação atinge 785 mil toneladas em junho

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36