Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa na última sexta-feira (29) nas bolsas internacionais. Em Nova York, o contrato outubro/22 derreteu 18 pontos, com a commodity negociada a 17,54 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela março/23 caiu 15 pontos, contratada a 17,69 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 10 e 11 pontos.
Dentre os principais fatores enumerados por analistas para a baixa está o novo corte de preços na gasolina vendida pela Petrobras, o que desestimula as usinas a produzirem etanol, aumentando a produção de açúcar.
Segundo o economista Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, o contrato outubro/22 consolidou na última semana uma queda de 33 pontos em relação à semana anterior (pouco mais de 7 dólares por tonelada). “Ocorre que com a valorização semanal de 5.9% do real relativamente à moeda americana, os valores do açúcar em NY convertidos em reais por tonelada apresentaram uma queda contundente de R$ 154 e R$ 168 por tonelada na média para os vencimentos da 22/23 e 23/24, respectivamente”.
Para o economista da Archer, “os fundos, como temos observado nas últimas semanas, parecem estar em crise existencial. Um dia compram, outro dia vendem, depois recompram e aumentam a posição, depois liquidam e viram a mão”.
Londres
Em Londres o açúcar branco também fechou no vermelho em todos os lotes da ICE Futures Europe. O vencimento outubro/22 foi contratado na última sexta-feira a US$ 527,20 a tonelada, recuo de 4,40 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela dezembro/22 caiu 1,80 dólar, negociada a US$ 497,30 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 90 cents e 2 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a sexta-feira também foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 131,46 contra R$ 131,70 de quinta-feira, recuo de 0,18% no comparativo. No mês de julho o indicador acumulou alta de 3,46%.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias