Avançando na construção de sua segunda unidade de etanol de segunda geração, chegada de equipamento é fundamental para início das operações, previsto para 2023
Peça chegará em Guariba nesta sexta-feira, 30
A Raízen, empresa integrada de energia e referência global em bioenergia, recebe nesta sexta, 30, o maior equipamento da planta dedicada à produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), marcando a conclusão de 50% das obras da unidade, localizada no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba, no interior de São Paulo.
O “Reactor” de pré-tratamento, que possui 13 metros de comprimento e pesa aproximadamente 55 toneladas, é a maior peça em peso da unidade, que está prevista para ser concluída em 2023. Com tecnologia e engenharia feita com exclusividade para a companhia, o equipamento possui fabricação totalmente nacional, tendo sido produzido pela Dedini, empresa de equipamentos industriais com sede em Piracicaba (SP), com uma liga metálica especial importada da Alemanha.
“O reator, juntamente com a rosca prensa (Screw press) e o aquecedor (Speed Heater), são responsáveis pelo início da transformação da biomassa em E2G como tecnologia única e exclusiva da Raízen e a chegada desse equipamento representa um marco para o Parque de Bioenergia Bonfim.
Com essa entrega, superamos o ponto mais crítico do início do projeto, que era a fabricação dos equipamentos, e conquistamos uma das principais dificuldades do pré-tratamento para o processo de produção do E2G”, comemora Luciano Zamberlan, gerente de projetos da Raízen. Ao todo, a peça percorrerá 204km de Piracicaba à Guariba.
A partir de 2024, a Raízen se consolidará como o único produtor mundial a operar quatro plantas de etanol celulósico em escala industrial, concretizando o plano estratégico de expansão e ampliando o portfólio de soluções renováveis da companhia. Além da planta em construção em Guariba, desde a safra 2014/15 a companhia já opera outra unidade dedicada à produção de E2G no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba (SP).
Em maio deste ano, a empresa anunciou R$2 bilhões em investimentos para a construção de duas novas plantas dedicadas à produção do biocombustível nos Parques de Bioenergia Univalem, em Valparaíso (SP), e Barra, em Barra Bonita (SP). As quatro plantas deverão estar operacionais entre 2023 e 2024 e terão uma capacidade total de aproximadamente 280 milhões de m³ por ano, dos quais 80% já foram comercializados em contratos de longo prazo.
Segundo Sergio Leme, VP Executivo da Dedini, participar do processo de fabricação dos equipamentos E2G e do projeto do pré-tratamento significa somar sinergias operacionais e logísticas, além de contribuir para o fortalecimento da cadeia de suprimentos nacional. “A fabricação dos equipamentos foi um desafio importante e inovador na história de 102 anos da Dedini. Nos orgulhamos em fazer parte deste projeto pioneiro e temos certeza que o comprometimento das equipes envolvidas foi chave do sucesso desta operação”.
O E2G é produzido a partir de uma tecnologia proprietária da companhia, utilizando como insumo o bagaço da cana-de-açúcar, biomassa extraída do processamento da cana e produção do etanol de primeira geração (1G) e açúcar. Sendo um biocombustível avançado, ele tem potencial de elevar em cerca de 50% a capacidade de produção de etanol da Raízen sem adicionar nenhum hectare de terra a mais.
Além disso, sua produção resulta em uma molécula com significativa redução de emissão de CO2, abaixo do etanol convencional. Isso torna o E2G um produto chave na transição energética, podendo ser usado para diversos fins além da mobilidade, oferecendo diversas soluções para aplicação industrial — como matéria-prima para produção de plástico verde, por exemplo.
Como uma empresa one-stop shop em soluções de energia e uma das pioneiras na aplicação do conceito de economia circular, além da produção de etanol de primeira e segunda geração, a Raízen também possui plantas de produção de biogás, biometano, energia solar e outras fontes renováveis em operação e construção. Até 2030, a companhia possui metas para reduzir a pegada de carbono ao longo da cadeia de produção do etanol e açúcar em 20% e aumentar em 80% a produção de energia renovável.
Raine Oliveira
Fonte: Raizen
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