Aos 28 anos, Eduardo Burck tornou- se o grande vencedor do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, instituído pelo Comitê Estratégico Soja Brasil. Aliada ao manejo especializado, a irrigação foi uma das chaves para o sucesso da lavoura
A safra 2020/2021 foi a quinta da história do jovem produtor Eduardo Burck de Sousa Costa. A primeira sob pivôs de irrigação. Com tecnologia, dinamismo e muito trabalho, a produção da Estância Capororóca, nos municípios de Arroio Grande e Pedro Osório (RS), já faz história como a lavoura de soja irrigada mais produtiva do país.
O agricultor tem apenas 28 anos e é a terceira geração de produtores da família. Em 2017, após graduar-se em Agronomia pela Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, assumiu o comando da lavoura de soja. Desde o início, Eduardo projetou um olhar visionário e dinâmico para a produção da fazenda.
Em 2020, buscando resultados cada vez melhores, o produtor inovou. Era hora de incrementar o negócio familiar e otimizar a produtividade. Para essa missão, um grande aliado: o pivô central. Inicialmente, as perspectivas para o investimento em irrigação eram escassas. Determinado, o jovem produtor apostou na tecnologia com a certeza de colher bons frutos.
“No começo, quando trouxe a ideia, a família resistiu, principalmente ao avaliarem os investimentos e a dificuldade logística. Eram um pouco céticos quanto aos possíveis resultados. Mas, eu garanti e recebi um suporte muito bom deles para que eu desse os primeiros passos na irrigação”, relembra, acrescentando: “Hoje, eles reconhecem o valor da tecnologia.”
Os três pivôs instalados na fazenda foram adquiridos no estande da Valley na ExpoDireto, em Não-Me-Toque (RS), em março de 2020. Os equipamentos não chegaram sozinhos. O produtor investiu ao mesmo tempo em uma estação meteorológica e na plataforma técnica do Valley Scheduling.
“Com certeza, essa tecnologia embarcada garantiu o sucesso. Foi decisiva. Os algoritmos apontados pelo sistema embasavam todas as nossas decisões. Conhecíamos o nosso solo e a necessidade de água da planta em cada estágio. Sabíamos como e quanto irrigar”, explica.
Com toda tecnologia e o subsídio de dados e informações técnicas valiosas, a produção da lavoura de soja da propriedade foi às alturas. Eduardo garantiu uma produtividade média de 30 sacas/ha a mais na área irrigada em comparação com a de sequeiro, alcançando 117,41 sacas/ha. Além de orgulhar a família, tamanho crescimento trouxe uma importante conquista: o primeiro lugar na categoria irrigada do Desafio Nacional de Máxima Produtividade, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), que contou com mais de 5400 produtores inscritos.
Aos olhos do produtor, o desempenho é resultado de uma série de fatores que estão enraizados na tecnologia e no trabalho dinâmico. “Nós realmente não esperávamos. Fomos surpreendidos e estamos muito felizes. O segredo é fazer o básico bem feito: planejamento, equipe e execução, aliado, claro, à tecnologia”, comenta.
Atualmente, a propriedade conta com 910 hectares plantados com soja e pouco mais de 350 são irrigados. A expectativa é expandir ainda mais os investimentos em irrigação. “Com certeza, queremos ampliar essa área: só assim conseguiremos sustentabilidade no negócio. Para o futuro, o que queremos é bater o nosso próprio recorde”, estabelece, garantindo que planeja continuar a parceria com a Valley.
O Desafio
Em 2008, o Comitê Estratégico Soja Brasil – entidade sem fins lucrativos voltada para a pesquisa e o desenvolvimento em prol da sojicultura nacional – criou o Desafio Nacional de Máxima Produtividade com o objetivo de inspirar e impulsionar o agronegócio brasileiro, tendo em vista sua vital participação na crescente demanda alimentar global.
Anualmente, o Desafio reconhece os melhores sojicultores do país com base na produção por safra. A premiação engloba os sistemas de produção irrigado e sequeiro. As lavouras ao redor do Brasil são analisadas e auditadas por equipes técnicas do Comitê. Mais de 34 mil produtores já participaram do Desafio.
Ao longo de 14 edições, o Desafio foi consagrado como uma importante iniciativa para o agronegócio nacional, disseminando conhecimento entre produtores e técnicos, reforçando o imenso potencial produtivo da cultura e concedendo aos sojicultores os louros de seu incansável trabalho.
Fonte: assessoria, Namidia
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