A UDOP esteve presente ontem (29) na Reunião do Grupo Técnico de Transição da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Federal. A reunião ocorreu na Sede do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, sede do governo de transição que toma posse em 1º de janeiro de 2023. O presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe participou do evento, representando a entidade, ao lado de outros importantes nomes do setor bioenergético.
“Representando nosso presidente Hugo Cagno Filho, que tinha outra agenda em São Paulo, participei da reunião e pude apresentar algumas propostas para nosso setor na nova gestão federal que assumirá a presidência a partir de janeiro do próximo ano”, destacou Salibe.
Também participaram da reunião do Grupo Técnico o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), Mário Campos; o Presidente Executivo da Unem – União Nacional do Etanol de Milho, Guilherme Nolasco; o presidente da Unica, Evandro Gussi; o presidente do Sifaeg, André Rocha; o presidente da Novabio, Renato Cunha; Rafael Abud, CEO da FS — Fueling Sustainability, dentre outros representantes de entidades como a Abiove, Ubrabio, Aprobio, além dos membros da equipe de transição, senadores Kátia Abreu e Carlos Fávaro, o deputado Neri Geller e o ex-ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto.
Em documento enviado pelo Fórum Nacional Sucroenergético foram enumerados alguns pontos importantes que envolvem o novo governo e o setor. No curto prazo o setor defende o retorno da tributação de PIS/Cofins e CIDE nos combustíveis, tendo em vista que a desoneração prejudicou a competitividade do etanol frente à gasolina; e o retorno da TEC sobre a importação de etanol, “atualmente o etanol importado dos EUA — principal fornecedor para o mercado brasileiro – pode entrar no Brasil sem tarifa, medida que vale até 31/12/2022. Pode haver pressão dos americanos para a manutenção desse status. No entanto, além de prejudicar fortemente os estados do Nordeste, a contrapartida para o açúcar não existe, com taxação que inviabiliza a entrada do produto brasileiro extra cota naquele mercado”, destacou o FNS.
O Fórum também defendeu a necessária participação efetiva do Ministério em órgãos colegiados a exemplo do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética; Comitê Renovabio; CONTRAN — Conselho Nacional de Trânsito.
Foram defendidos, também, o protagonismo do MAPA na restauração das normas iniciais do Renovabio e CBIOs, em especial a revogação do Decreto MME nº 1.114/22 e que o novo governo estimule programas do Ministério para o incremento da irrigação de canaviais com vistas a produção de energia e biocombustível.
Já Salibe, presidente executivo da UDOP, defendeu um maior incentivo para que a Embrapa possa trabalhar em pesquisas para sistemas de produção em cana-de-açúcar, principalmente na parte de plantio e colheita mecanizados, além de estudos sobre pragas e doenças com a palhada no campo, o que foi muito bem recebido pela equipe de transição.
Rogério Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.