Cerca de 5.500 agricultores dos mercados do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Argentina, China, União Europeia e Índia desejam inovar, apesar de um cenário macroeconômico incerto, mostra o estudo Global Farmer Insights 2022 conduzido pela McKinsey. Entre outros pontos levantados pela pesquisa, os produtores também preveem crescimento de financiamento e pagamento digital somado ao aumento das agTechs para além dos sistemas de gerenciamento agrícola.
De acordo com o estudo, 70% dos agricultores têm expectativa de estabilidade ou crescimento nos lucros, com oportunidade de testar novos produtos em meio a atual oportunidade de alta dos preços agrícolas, somada a rendimentos mais altos e demanda favorável de países. Em contrapartida, também pesam fatores como indisponibilidade de insumo ou preços mais altos, aumento nos custos indiretos e de processamento e interrupção na cadeia de suprimentos.
Apesar de 60% dos consultados ainda utilizarem dinheiro como forma de pagamento, 30% já adotaram métodos digitais. Segundo a pesquisa, a expectativa é de que a participação da América do Sul aumente significativamente na área. No Brasil, 27% dos agricultores que participaram do estudo já utilizam pagamentos digitais, 17% tem planos de adotar o método, 40% não planejam aderir e 16% o desconhecem.
Em relação as agTechs, a McKinsey estima que a tecnologia mais utilizada são os sistemas de gerenciamento de fazendas. O Brasil lidera a utilização de biocontroladores, bioestimulantes e biofertilizantes, com respectivamente 55%, 50% e 36% dos agricultores entrevistados dizendo que utilizam cada uma das categorias de produtos. “A liderança dos agricultores brasileiros na adoção bioquímicos é impulsionada por pragas e doenças específicas que são difíceis de controlar com agroquímicos tradicionais, enquanto a forte adoção dos agricultores europeus em todas as três categorias é impulsionada principalmente pelas tendências da agricultura sustentável e orgânica”, justificou a empresa de consultoria. Segundo a McKinsey, países da Europa e da América do Norte são os precursores na adoção de novidades tecnológicas.
De acordo com o estudo, o continente europeu e a América do Sul devem liderar a próxima onda tecnológica no agronegócio. De acordo com a pesquisa, 50% dos agricultores brasileiros e argentinos consultados já utilizam ou planejam utilizar algum tipo de tecnologia, com 30% utilizando ou planejando adotar nos próximos dois anos softwares de gerenciamento.
Fonte: Estadao
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