São Paulo não é apenas a terra das grandes indústrias e das maiores e mais ricas cidades do país. É também o lugar do agronegócio pujante, da agricultura mais diversificada do Brasil, da produção de alimentos aliada à preservação do meio ambiente.
Quem vive longe do dia a dia do campo, pode não se atentar, mas São Paulo é referência nacional e internacional no agronegócio dentro e fora da porteira. Mas isso, não vem do acaso. Somos fortes, sustentáveis e inovadores por conta de uma história, iniciada há 135 anos, com a criação da Imperial Estação Agronômica que deu origem ao Instituto Agronômico (IAC-APTA) e pouco depois a Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Logo no início do século XX, novas instituições de pesquisa foram criadas, como o Instituto de Zootecnia (IZ-APTA) e Instituto Biológico (IB-APTA) e também a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” – ESALQ. Essas instituições foram fundamentais na geração e difusão de tecnologias para que o Estado de São Paulo saísse da economia fundamentada no café para a agricultura mais diversificada do País. Somam-se a elas, novos institutos em áreas especificas na segunda metade do século XX, como de Economia Agrícola (IEA-APTA), o Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA) e Pesca (IP-APTA).
Hoje, São Paulo é o Estado que mais produz banana, laranja, cana de açúcar e seus derivados (açúcar e biocombustível), ovos de galinha, borracha natural, amendoim, celulose e, ainda, somos destaque na produção de frutas de mesa, café, flores e plantas ornamentais, cereais diversos e proteína animal. Tudo isso em aproximadamente 407 mil propriedades rurais, das quais 188 mil têm menos de 20 hectares. Esses dados são do Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo que em São Paulo tem 100% das propriedades processada e analisadas. Único do País em conformidade com o texto do Código Florestal, promulgado em 2012, no que trata da Regularização Ambiental.
Diante do inquestionável papel da produção rural no País, vale destacar que o agronegócio paulista obteve saldo recorde em 2022. Segundo dados divulgados pelo IEA-APTA, as exportações do setor paulista responderam por 37,4% da Balança Comercial do Estado, com participação total de 16,3% na economia do País, atrás apenas do Mato Grosso com 19,6%. São Paulo fechou 2022 com um superávit 44,4% superior a 2021, aproximadamente US$ 20,82 bilhões. O agro estadual exportou US$ 25,92 bilhões e importou US$ 5,10 bilhões.
Dos cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista em 2022, o setor sucroalcooleiro é o que apresentou a maior participação, ficando em primeiro com 32,5% nas exportações paulistas. O grupo de carnes ficou em segunda posição. A carne bovina, com maior contribuição, registrou aumentos de 59,3% em valores e de 39,8% em volume exportado. Em terceiro, o grupo soja em grãos com 37,1% em valores.
Diante deste panorama, o agronegócio torna-se um instrumento imprescindível para garantir a segurança alimentar e nutricional da população, não só de São Paulo, como do Brasil. É estratégico o Estado dar suporte ao pequeno e médio empreendedor rural, usando a agricultura paulista para inclusão econômica, social e produtiva, com foco na modernidade e sustentabilidade. Mantendo o agro paulista como gerador de emprego e um dos mais rentáveis do Brasil. O agro paulista continua sendo o melhor negócio para São Paulo.
Destaca-se que nos últimos dois anos, o Estado destinou investimento recorde de R$ 102 milhões para os institutos de pesquisa ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), com foco na modernização das fazendas de pesquisa e laboratórios, sendo totalmente relevante para aprimorar o atendimento a demandas de inovação e pesquisa do agronegócio brasileiro e viabilizar parcerias com o setor privado para novas tecnologias e inovação. Cada real investido em pesquisa retornam para a sociedade R$ 16,23.
É com pesquisa que se melhora a produtividade e consegue-se alimentos de maior qualidade e valor nutricional para a população. É fundamental o fortalecimento de ações que tragam inovações à agricultura paulista, não só para o produto, mas também nos sistemas de produção, priorizando um modelo de economia verde, com foco em bioenergia, produção e uso de bioinsumos e de biofertilizantes a partir de usinas de compostagem de resíduos da agroindústria e urbanos para dar suporte a sistemas sustentáveis de produção, proporcionando menor emissão de gases de efeito estufa e menor impacto nos ecossistemas.
Isso deve ser política de Estado e diretrizes para o Agro de São Paulo produzir mais e melhor.
FONTE: Secretaria de Agricultura e Abastecimento SP
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