Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, após temores do lado da oferta, depois de um forte terremoto na Turquia interromper as operações no principal centro de exportação de óleo do país, impulsionarem a commodity. Além disso, a reabertura da China continua a suscitar otimismo com a demanda. Por outro lado, os ganhos foram estancados pela força do dólar, que avança ante rivais à medida que o mercado ainda é contaminado pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) talvez tenha que manter juros altos por mais tempo do que o esperado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em alta de 0,98% (US$ 0,72), a US$ 74,11 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu de 1,31% (US$ 1,05), a US$ 80,99 o barril.
De acordo com a Reuters, o forte terremoto, que também atingiu a Síria, interrompeu as operações em Ceyhan e também os principais fluxos de petróleo bruto do Iraque e do Azerbaijão.
A agência marítima de Tribeca disse em um aviso que o terminal BTC em Ceyhan, que exporta petróleo bruto do Azerbaijão, será fechado até quarta-feira.
O analista da Oanda Craig Erlam destaca que os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira “com alguns fatores potencialmente por trás do movimento”. “A decisão da Turquia de interromper temporariamente os fluxos para o terminal de Ceyhan pode ter aumentado um pouco os preços, embora, com relatos de nenhum dano aos dutos, o impacto deva ser marginal. Há também uma expectativa crescente de que a China se recupere fortemente após a decisão de eliminar as restrições de covid zero, o que estimulará mais demanda ao longo do ano e aumentará os preços”, analisa.
Já Arábia Saudita elevou modestamente os preços da variedade de petróleo de referência que vende para compradores na Ásia e nos EUA, aumentando significativamente os preços para os consumidores europeus. De acordo com Robbie Fraser, da Schneider Electric, essa alta seria um sinal “de que a confiança em torno da demanda chinesa mais forte permanece”, disse , em uma nota referindo-se a uma das razões para o aumento nos preços.
Fonte: Estadão Conteúdo
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