Analistas esperam um aumento significativo dos preços do frete rodoviário no Centro-Oeste
A partir do fim de julho, o mercado de fretes deve ficar aquecido novamente com a chegada da segunda safra de milho, na avaliação do pesquisador do Esalq-LOG, Fernando Paulo de Bastiani. A expectativa é de aumento expressivo na região Centro-Oeste, à medida que a colheita do milho safrinha avançar.
Atualmente, os fretes entre as regiões produtoras dos Estados de Mato Grosso e Goiás e o porto de Paranaguá já estão mais atrativos, uma vez que as distâncias são maiores. Mas o mercado de fretes do Paraná poderá sentir uma melhora nos preços a partir do fim deste mês, puxado pela colheita de milho.
No Rio Grande do Sul, onde a colheita das culturas de invernos acontecem mais tarde, a expectativa é de que o mercado de frete fique mais aquecido a partir do fim de agosto.
O analista da Esalq-LOG avalia que o frete de retorno — normalmente trazendo fertilizantes dos portos — também deve ter valorização neste segundo semestre, com o aumento da demanda pelo insumo.
“Neste ano, especificamente tivemos, principalmente no primeiro trimestre, uma tendência de redução dos níveis de importação dos fertilizantes. A maior movimentação é agora no segundo semestre e, por isso, o frete de retorno tende aumentar também”, afirma.
Segundo ele, a menor demanda dos produtores por insumos no primeiro semestre, devido aos preços elevados, contribuiu para a menor movimentação no mercado e acabou afetando o valor do frete de retorno.
Dados da consultoria Argus mostram que o frete de retorno de Paranaguá (PR) – Rondonópolis (MT) alcançou R$ 280 em março, mas recuou para R$ 207 no fim de junho. Esse valor, segundo caminhoneiros ouvidos pela reportagem, não compensa a viagem.
Fonte: Globo Rural
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