O setor sucroenergético ofertou para a rede, de janeiro a setembro, 15.23 mil GW/h de bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar, 8,3% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o volume produzido neste ano equivale a 22% da geração de energia pela Usina Itaipu no ano passado e atende 12% do consumo anual de energia elétrica de um país como a Argentina. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 22.
“Quando são incluídas as demais biomassas na conta, como resíduos de madeira e biogás, a bioeletricidade total ofertada para a rede, acumulada entre janeiro e setembro de 2023, chegou a 20,52 mil GWh, incremento de 6% com relação à igual período em 2022, ficando na terceira posição em termos de representatividade na geração total do Sistema Interligado, superando a geração fotovoltaica e as térmicas a gás”, disse a entidade.
“Com o avanço da safra canavieira no Centro-Sul, o bagaço e a palha (da cana) costumam ultrapassar 80% em termos de representatividade no total de geração mensal de bioeletricidade para a rede no Sistema Interligado”, destacou em nota o gerente de Bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza.
Ele reforça a importância da complementariedade existente entre a oferta da bioeletricidade sucroenergética e a geração hidrelétrica, ainda a principal fonte de geração no país, responsável por 71% da geração de energia para a rede entre janeiro e setembro de 2023.
A Unica diz, ainda, que a estimativa é de que a geração da bioeletricidade sucroenergética para a rede entre janeiro e setembro tenha sido equivalente a poupar 10% da energia total capaz de ser armazenada, sob a forma de água, nos reservatórios das hidrelétricas dos submercados Sudeste e Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico.
Fonte: Agência Estado
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