Os preços do petróleo caíram mais de 2% nesta quinta-feira, 30, depois que os produtores da Opep+ concordaram com cortes voluntários na produção de petróleo para o primeiro trimestre do próximo ano que ficaram aquém das expectativas do mercado.
Os futuros do petróleo Brent para janeiro fecharam em queda de US$ 0,27, ou 0,3%, a US$ 82,83 por barril, com declínio mensal de 5,2%. O contrato de fevereiro, que começa a ser negociado como principal na sexta-feira, caiu US$ 2, ou 2,4%, a US$ 80,86 dólares.
Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caíram US$ 1,90, ou 2,4%, para US$ 75,96 por barril, e recuaram 6,2% em novembro.
Arábia Saudita, Rússia e outros membros da Opep+, que produzem mais de 40% do petróleo mundial, concordaram com cortes voluntários na produção de cerca de 2 milhões de barris por dia (bpd) para o primeiro trimestre de 2024.
Pelo menos 1,3 milhão de bpd desses cortes, no entanto, foram uma extensão de restrições voluntárias que Arábia Saudita e Rússia já tinham em vigor. Anteriormente, delegados haviam dito que os novos cortes adicionais em discussão eram de até 2 milhões de bpd.
“Por enquanto, o resultado não corresponde às expectativas dos últimos dias”, disse o chefe de commodities da Investec, Callum MacPherson.
Na avaliação de James Davis, da FGE, “parece um corte de cerca de 600 a 700 mil barris por dia (bpd) em relação aos níveis planejados para o quarto trimestre de 2023”.
Ele completa: “Na melhor das hipóteses, poderia ser um corte efetivo de cerca de 500 mil bpd em comparação com o quarto trimestre. Isso pode ser o suficiente para manter o mercado equilibrado no primeiro trimestre, mas será por pouco”.
Arábia Saudita, Rússia, Kuwait, Cazaquistão e Argélia estavam entre os produtores que afirmaram que os cortes seriam revertidos gradualmente após o primeiro trimestre, conforme as condições de mercado permitissem.
A reunião, realizada no mesmo dia em que líderes globais se reuniam em Dubai para a conferência climática da ONU, estava originalmente agendada para a semana passada, mas foi adiada devido a desacordos sobre cotas de produção para os produtores africanos.
A Opep+ também convidou o Brasil, um dos dez maiores produtores de petróleo, para se tornar membro do grupo. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que espera ingressar em janeiro.
Fonte: Reuters
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