Açúcar fecha em alta mesmo com previsões de aumento na produção global

Os contratos futuros do açúcar fecharam a terça-feira (13) em alta nas bolsas internacionais, mesmo com a expectativa de aumento global na produção da commodity, o que deve, segundo analistas ouvidos pela Reuters, reduzir “as margens de lucro dos usineiros, disse a corretora StoneX”.

Para a StoneX o balanço da oferta global de açúcar passará de um déficit de 2,8 milhões de toneladas métricas no ano de outubro de 2024 a setembro de 2025 para um superávit de 3,7 milhões de toneladas em 2025/26. “Trata-se de uma estimativa de superávit maior do que a projetada pelo trader de commodities Louis Dreyfus na segunda-feira”, segundo a Reuters em matéria assinada pelo jornalista Marcelo Teixeira.

“Tivemos muitas janelas de oportunidade no ano passado para que as usinas fixassem o preço do açúcar, mas a estrutura do mercado está mudando. Não acho que teremos muitas dessas oportunidades este ano”, disse Bruno Lima, diretor de soft commodities da StoneX, durante uma apresentação no segundo dia da New York Sugar Week.

Ainda segundo a Agência Internacional de Notícias, a produção de açúcar do centro-sul do Brasil em 2025/26 foi estimada em 41,8 milhões de toneladas métricas, contra 40,2 milhões de toneladas em 2024/25. A produção de cana-de-açúcar deve cair de 621,9 milhões de toneladas para 608,5 milhões de toneladas.

Nova York

Na ICE Futures de Nova York, todos os lotes do açúcar bruto fecharam valorizados nessa terça-feira. O contrato julho/25 subiu 52 pontos, negociado a 18,22 centavos de dólar por libra-peso, enquanto a tela outubro/25 fechou em alta de 54 pontos, contratada a 18,41 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 38 e 54 pontos.

Londres

Na ICE Futures Europe, de Londres, o dia ontem também foi de alta em todos os vencimentos do açúcar branco. A tela agosto/25 foi contratada a US$ 509,80 a tonelada, valorização de 14,80 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela outubro/25 subiu 13,20 dólares, contratada a US$ 503,60 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 9,80 e 12,70 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno, medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos do açúcar cristal fechou com forte baixa pelo quinto dia consecutivo nesta terça-feira. A saca foi vendida pelas usinas ontem a R$ 139,45 contra R$ 141,15 de segunda-feira, desvalorização de 1,20% no comparativo.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado voltou a subir pelo Indicador Diário Paulínia nessa terça. O biocombustível foi comercializado pelas usinas ontem a R$ 2.801,00 o m³, contra R$ 2.784,50 o m³ praticado no dia anterior, valorização de 0,59% no comparativo entre os dias.

Fonte: Agência UDOP de Notícias

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