As boas perspectivas para o agronegócio em 2023 chamam a atenção de toda a economia do país e projetam o Brasil como o grande fornecedor de alimentos do futuro
Nos últimos 40 anos, a produção agropecuária brasileira se desenvolveu de tal forma que, hoje, temos uma agricultura adaptada às diferentes regiões e climas, além de uma legião de produtores rurais conscientes de suas responsabilidades de aliar o meio ambiente à produção de alimentos. Essas pessoas compõem um dos setores produtivos que mais demandam inovações e vem transformando a economia brasileira.
As boas perspectivas para o agronegócio em 2023 chamam a atenção de toda a economia do país e projetam o Brasil como o grande fornecedor de alimentos do futuro. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), estima-se que, neste ano, o PIB do setor deva avançar 8% ante recuo de 2% em 2022.
E parte deste desenvolvimento será fruto do Agro 5.0, que é a última inovação nos modelos de produção do agronegócio. A combinação da coleta de informações em tempo real e em larga escala com as tecnologias da Inteligência Artificial (IA) e análise de dados torna possível que os produtores rurais consigam gerir a fazenda de forma mais dinâmica e sustentável.
Ou seja, enquanto o Agro 4.0 é caracterizado pela automação das máquinas agrícolas, a próxima revolução do agronegócio é baseada na Transformação Digital proporcionada por conectividade, Internet das Coisas (IoT), decisões baseadas em dados e tecnologias preditivas. Por isso, as soluções digitais passam a se adaptar à realidade de cada produtor rural, dentro e fora da porteira. Nesse sentido, as tecnologias responsáveis por fornecerem dados para a tomada de decisões passam a promover as seguintes tendências e melhorias no setor:
1. Agricultura de precisão: o uso crescente de tecnologias como sensores, drones e Inteligência Artificial passam a melhorar a eficiência e a produtividade do setor.
2. Agricultura sustentável: tendo em vista a maior preocupação com a preservação do meio ambiente e a redução de impactos negativos na agricultura, como a degradação do solo e a poluição hídrica, tecnologias como às de automação, segurança, inspeção remota (drones) e cloud, passam a fazer a gestão e o monitoramento de áreas agrícolas e florestais.
3. Agricultura vertical e segurança alimentar: o crescimento do uso de sistemas de IoT, Machine Learning e IA para o cultivo (irrigação, temperatura, alerta de patologias etc) em estufas e fazendas urbanas devem aumentar a produção e reduzir a dependência de condições climáticas favoráveis.
Devido ao crescimento da população mundial e à mudança climática, a agricultura vertical também corrobora com a segurança alimentar, levando a uma maior produção de alimentos.
4. Agricultura digital: seu crescimento está relacionado ao uso de tecnologias digitais para gerenciar as operações agrícolas, como o monitoramento de plantações, o gerenciamento de estoques e a logística de transporte.
Além disso, a conectividade de alta velocidade e baixa latência (5G), incorporando protocolos de comunicação da IoT, como a LTE (Long Term Evolution) e a LoRa (Long Range Network), promovem aos agricultores o uso e a integração de soluções inovadoras para aumentar a eficiência e a produtividade das suas operações, além de melhorar a qualidade e a sustentabilidade dos seus cultivos.
Como vimos, o agronegócio é um mercado em expansão e visto como uma das principais economias do país. Para tirar proveito de todo esse potencial, no entanto, é preciso que o setor se atualize, evoluindo do agro 4.0 para a revolução 5.0, baseada em tecnologias de extração de dados que fornecem informações precisas para a tomada de decisão dos produtores rurais.
Rafael Munhoz Cardoso é head de pré-vendas da SONDA Brasil, líder regional em serviços de Transformação Digital.
Fonte: Image Comunicação
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