Para resolver um problema preocupante na produção de cana, a companhia tem
evoluído no desenvolvimento de sua linha de máquinas agrícolas
As perdas atribuídas ao pisoteio da linha de cana e a compactação do solo, que
ocorrem principalmente na colheita da cana-de-açúcar, são preocupações recorrentes
no setor canavieiro e foco de uma série de análises produzidas pela Grunner.
Buscando alavancar a produtividade e a rentabilidade do produtor de cana, a companhia usa de
suas origens no município de Lençóis Paulista (SP) para desenvolver tecnologias
agrícolas que contribuem para a preservação da qualidade física e biológica do solo.
Fundada em 2018 pelos irmãos da família Belei, a empresa tem trabalhado suas
soluções a partir dos desafios que são identificados nos momentos de colheita nos
canaviais da família. Localizada em solo lençoense, a propriedade conta uma produção
de mais de 500 mil toneladas/ano de cana-de-açúcar.
Denis Arroyo, CEO da Grunner, destaca que uma das constatações está nas perdas de
produtividades dos canaviais provocadas pela ausência do efetivo controle de tráfego
dentro da lavoura, ou seja, pelo pisoteio da linha de cana colhida, aumentando as
falhas de brotação da soqueira dentro da lavoura e reduzindo a longevidade do
canavial plantado. “O investimento no plantio é alto, não podemos passar por cima
disso. O maior ativo de uma companhia agrícola é a cana”, pontua Arroyo.
Os indicadores de produção da família Belei apresentaram benefícios quando as raízes
estão em um solo descompactado. “Essas raízes, ativas fisiologicamente, mesmo no
período seco do ano, adicionam no solo substâncias açucaradas e nutritivas, chamados
de exsudados, que alimentam os microrganismos do solo. A partir disso, percebemos
que quanto mais o controle de tráfego é eficiente, mais aumenta a aeração do solo, a
retenção e disponibilidade de água e maior atividade, diversidade e quantidade de
microrganismos benéficos e menor predominância de microrganismos causadores de
doenças”, explica o CEO da Grunner.
Arroyo também faz uma comparação com as raízes da planta de milho para
exemplificar os ganhos com o solo descompactado. “Em um solo descompactado, as
raízes de milho crescem 106 mm/dia, enquanto que em um solo compactado o
crescimento é de 4 mm/dia, ou seja, 96% de redução do crescimento. Um solo
compactado, infiltra de 5 a 7 vezes menos água, isso quer dizer que as chances de
erosão são maiores, maior lixiviação de nutrientes e menos capacidade de
oxigenação”.
DNA de produtividade
Como participante do “Painel da Colheita: métodos e controle e pisoteio”, promovido
no 7º Santander DATAGRO Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol, o CEO da Grunner,
Denis Arroyo, enfatizou que os equipamentos precisam ser soluções para a realidade
de cada produtor.
“Eu não aceito chamar de solução algo que cause mais complexidade do que já temos,
então não podemos ter uma solução que aumente os problemas. Eu acredito que os
negócios nascem quando os DNA’s se encontram. Você não consegue vender um
conceito para quem está pensando do mesmo jeito”, resume Arroyo.
Destacando as Smart Machines, o CEO frisa que a produtividade está no DNA do
desenvolvimento dos três modelos da máquina. “Andar na linha (controlar o tráfego),
GPS, piloto automático e respeitar o canavial. Nesse contexto, com os tratores
comumente utilizados para puxar os transbordos que não obedecem ao
caminhamento do trator, nós desenvolvemos as Smart Machines, máquinas agrícolas
autônomas de nível 2, que andam dentro do trilho e garantem que o caixote de
transbordo, que está alocado em cima dos chassis do Grunner, trabalha no piloto
automático. Mas não é só isso, a agilidade em efetuar manobras em menos tempo e
com total segurança, pneus de alta flutuação e um equipamento cada vez mais leve
para ter cada vez mais controle no tráfego dentro da lavoura. A gente não termina
esse produto, ele segue evoluindo, sempre buscando mais produtividade”, pontua
Arroyo.
Fonte: Grunner
—
Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real ou nos acompanhe através do Telegram