Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
quinta-feira, novembro 20, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Bagaço de cana: de subproduto a coproduto estratégico

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
19 agosto, 2025
em Leia mais
Tempo de leitura: 6 minutos
A A
0
Home Leia mais
Compartilhe no WhatsappShare on TwitterCompartilhe no Linkedin

De resíduo a fonte estratégica de energia renovável, o bagaço pode elevar a eficiência das usinas e reduzir desperdícios na matriz energética brasileira.

Bagaço, resto. Coloquialmente: coisa tornada imprestável, coisa inútil. Assim diz o dicionário.

Leia mais

Etanol de milho de Mato Grosso terá convênio para promoção de exportações

Governo despendeu R$ 421,3 bi para enfrentar mudança climática de 2010 a 2023

Produtores de cana do Nordeste falam em crise após queda no preço do açúcar

Na COP30, Mapa quer captar recursos para recuperação de áreas degradadas

O bagaço, um resíduo do processo de produção de açúcar e etanol de cana que durante muito tempo foi tratado como “resto”, ou mesmo como um “problema”. A partir do processamento de 1 tonelada de cana, temos a geração de uma quantidade de bagaço que oferece tipicamente 2.000 MJ de energia.

Uma central térmica de cogeração de energia com o bagaço de cana, no ciclo a vapor, atende às demandas de calor e energia mecânica de uma usina canavieira, consumindo na faixa entre 900 e 1300 MJ por tonelada de cana processada, conforme seu mix de produção e perfil tecnológico. Dado as características do bagaço excedente, especialmente a baixa densidade e sua umidade, utilização deste “resto”, fica limitada a existência de eventuais consumidores de energia num raio próximo da unidade. A alternativa mais comum é sua utilização dentro dos limites da usina. No passado, as usinas consumiam praticamente todo o excedente de bagaço, utilizando-o de forma ineficiente, seja no seu processo de queima, seja com o aumento de consumo de energia do processo produtivo.

Com o advento da energia renovável e do etanol de cana, o bagaço deixou de ser resto e passou a ser um resíduo excedente e sustentável. São diversas as possibilidades de uso além de fonte de energia, como por exemplo para as indústrias papeleira, de material de construção, de painéis tipo MDF, plásticos ou mesmo a tradicional ração animal. São diversas as possibilidades para o bagaço deixar de ser um subproduto e passar a ser um coproduto, agregando valor à indústria de cana-de-açúcar.

A opção brasileira foi utilizar o bagaço excedente para comercialização de eletricidade. As usinas novas passaram a ser construídas no conceito de otimizar a geração de eletricidade e reduzir o consumo próprio de energia. Algumas usinas existentes fizeram uma modernização de suas instalações neste mesmo conceito, considerando a comercialização adicional do novo produto: a energia elétrica.

Assim, a utilização do bagaço de cana no Brasil passou a ser feita de maneira preponderante como fonte energética. Em, 2023, o bagaço foi a terceira forma de energia mais consumida no Brasil (12%), atrás da eletricidade (19%) e do óleo diesel (17%). Cabendo notar que 5,1% desta energia elétrica é proveniente do bagaço de cana. O bagaço de cana junto com o etanol de cana são os maiores contribuintes para a energia renovável no Brasil, representando 16,8% da matriz energética brasileira (Fonte: Balanço Energético Nacional – BEN-2024 – Ano Base 2023).

No entanto, a opção de geração de eletricidade com bagaço excedente tem uma limitação por conta do ciclo termodinâmico utilizado, o ciclo a vapor – ou Rankine – no qual a geração pura de eletricidade fica limitada a aproximadamente ¼ da oferta de energia do bagaço. O calor residual neste ciclo é desperdiçado em sistemas de condensação do vapor, com aumento significativo do consumo de água. Desta forma, mesmo as usinas mais modernas, com processos de produção e geração de energia otimizados, oferecem como energia útil (consumo próprio de calor e eletricidade + comercialização de eletricidade excedente) no máximo 60% da energia ofertada por todo o bagaço gerado.

Numa hipótese plausível, considerando as eficiências típicas nos processos de transformação de energia, temos ainda disponível, no mínimo, uns 500 MJ/t cana sob forma de calor residual não aproveitado. Considerando as 650 milhões de toneladas de cana processadas anualmente no Brasil, este calor residual desperdiçado equivale a um consumo energético equivalente à geração de eletricidade da usina de Itaipú no mesmo período.

Isto é, temos um grande potencial de ampliar o uso de energia renovável da cana-de-açúcar no Brasil, e aumentar o grau de sustentabilidade do uso deste recurso sem plantar uma muda de cana a mais, apenas com eficiência energética, aproximando o consumo da oferta e minimizando o desperdício.

A partir do início deste século, foram realizados estudos mais abrangentes para melhoria da eficiência do ciclo de geração de eletricidade com a gaseificação do bagaço, ou mesmo sua “liquefação” com o desenvolvimento do etanol celulósico, ou de 2ª geração. No entanto, estes processos ainda possuem diversas barreiras tecnológicas e econômicas a serem superadas.

Uma maneira de melhorar o uso efetivo da energia do bagaço é integrar à usina processos que usem calor, ou mesmo frio. Atualmente, temos plantas de etanol de milho sendo integradas a usinas de açúcar e etanol. Com a implantação integrada de processos deste tipo, podemos chegar ao uso efetivo de 80% da energia do bagaço, mantendo o estado da técnica.

Além do bagaço, alguns elementos podem ampliar significativamente a oferta de energia renovável da cana-de-açúcar. Entre eles:

  • a palha de cana, fruto da mecanização da colheita.
  • a produção de biogás de vinhaça e outros resíduos.
  • o uso de outros resíduos renováveis ou mesmo florestas sustentáveis disponíveis no raio de influência da usina.

Como reduzir o consumo de energia da usina? Quais as alternativas face a ampliação da capacidade de usina, seja de moagem, açúcar ou etanol? Quais as opções tecnológicas e de equipamentos na central de cogeração de energia e no processo industrial? Qual tamanho de planta industrial – p.ex. etanol de milho – que se pode integrar à usina? Qual o Capex e o Opex? Trazer palha do campo? Concentrar a vinhaça e/ou produzir biogás? Como combinar biogás com bagaço? Como produzir “frio”? Operação sazonal ou permanente?

Temos condição de equacionar estas ou muitas outras questões, processá-las de forma rápida e eficiente, e prover, no tempo necessário, informações relevantes e essenciais aos tomadores de decisão, investidores e gestores, considerando as características específicas de cada usina, seja otimizando o uso do “bagaço velho” e/ou apresentando caminhos e soluções para o “bagaço novo”.

Esta Engenharia do Bagaço de Cana faz parte da nossa experiência e do nosso trabalho nos últimos 20 anos em usinas de todos os portes e das mais variadas características, fornecendo soluções em qualquer etapa dos projetos, na consultoria e nas engenharias do proprietário e de processos, atuando com parceiros em todas as disciplinas da engenharia, especialmente junto com a Renova Consultoria .

Por: Sergio Ferreira | Fonte: RPA News

Clique AQUI, entre no canal do WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Fenasucro anuncia nova edição em agosto de 2026 com congresso internacional inédito

Próximo post

Produtividade da cana recua no Centro-Sul em julho, aponta CTC

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Etanol de milho de Mato Grosso terá convênio para promoção de exportações

Etanol de milho de Mato Grosso terá convênio para promoção de exportações

20 novembro, 2025
Governo despendeu R$ 421,3 bi para enfrentar mudança climática de 2010 a 2023

Governo despendeu R$ 421,3 bi para enfrentar mudança climática de 2010 a 2023

20 novembro, 2025
Produtividade e qualidade da cana do Centro-Sul caem em junho, aponta CTC

Produtores de cana do Nordeste falam em crise após queda no preço do açúcar

20 novembro, 2025
Na COP30, Mapa quer captar recursos para recuperação de áreas degradadas

Na COP30, Mapa quer captar recursos para recuperação de áreas degradadas

20 novembro, 2025
Cocal busca produzir combustível sustentável com hidrogênio verde da cana

Cocal busca produzir combustível sustentável com hidrogênio verde da cana

19 novembro, 2025
Itália e Brasil planejam quadruplicar uso de biocombustíveis

Itália e Brasil planejam quadruplicar uso de biocombustíveis

19 novembro, 2025
Tecnologias podem zerar pegada de carbono do etanol, apontam Embrapa e Unicamp

Tecnologias podem zerar pegada de carbono do etanol, apontam Embrapa e Unicamp

19 novembro, 2025
Ao Cade, dono da Inpasa diz que posição na Vibra não representa controle

Ao Cade, dono da Inpasa diz que posição na Vibra não representa controle

19 novembro, 2025
Lorival Luz, ex-chefe da BRF, é nomeado como novo CFO da Raízen

Lorival Luz, ex-chefe da BRF, é nomeado como novo CFO da Raízen

18 novembro, 2025
Estudo descobre enzima de peixe-boi amazônico com potencial para viabilizar produção de biocombustível

Estudo descobre enzima de peixe-boi amazônico com potencial para viabilizar produção de biocombustível

18 novembro, 2025
Carregar mais
Próximo post
Centro-Sul deve moer 598,8 mi t de cana na safra 2025/26, queda de 3,7%, avalia StoneX

Produtividade da cana recua no Centro-Sul em julho, aponta CTC

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36