O biogás oriundo do setor sucroenergético caminha para uma participação cada vez maior na matriz energética brasileira, com um potencial de 2,1 GW médios de geração de eletricidade até 2032, estima o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032) elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Usando biomassa residual da cana-de-açúcar, como vinhaça, torta de filtro e palhas e pontas, a produção de biogás pode alcançar 34,9 bilhões de metros cúbicos (m³) e a de biometano 19,2 bilhões de m³ no período.
Na forma de biometano, obtido através do processamento do biogás, o biocombustível pode atuar como substituto do diesel e ser acrescentado ao gás natural nas malhas de gasodutos, diz o estudo.
“A produção de biometano da vinhaça e torta de filtro seria suficiente para suprir cerca de 20% da demanda de diesel A do setor agropecuário. Caso se considerem as palhas e pontas, o segmento seria autossuficiente”, aponta a EPE.
A análise individual mostra que o biogás de torta de filtro totalizará 2 bilhões de m³, o de vinhaça atingirá 4,9 bilhões de m³, e o proveniente de palhas e pontas alcançará o maior percentual dentre os resíduos — 28 bilhões de m³ até o fim do decênio.
Todavia, o número cai consideravelmente ponderando apenas as usinas mais estáveis financeiramente. O potencial do biogás diminui para cerca de 9 bilhões de m³, enquanto a produção de biometano chega a 3,5 bilhões de m³.
Considerando a vinhaça e a torta de filtro do mesmo grupo, a produção de biogás alcançaria 3,3 bilhões de m³ e 1,8 bilhão de m³ de biometano, podendo gerar 1 GW médio para exportação de energia elétrica.
Fonte: Agência epbr
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