Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) estima que o Norte e Nordeste do Brasil processe na safra 2022/23 57 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, acima dos 54 milhões de toneladas registrados da safra 2021/2022. Os dados consideram 35 usinas em 11 Estados da região.
Em nota, o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, diz que até 20 de agosto a moagem nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins, Bahia e Sergipe havia superado 5,1 milhões de toneladas. “Esse volume corresponde a 8,9% do total previsto para a safra 2022/2023, de 57 milhões de toneladas. Em termos de perfil de produção, o açúcar deverá apresentar um protagonismo maior em função das condições de mercado mais favoráveis”, disse Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE).
Conforme a primeira estimativa, Alagoas deve moer 19,5 milhões de toneladas, Pernambuco, 14 milhões de t, Paraíba, 6,3 milhões de t, Bahia, 5,2 milhões de t, Rio Grande do Norte, 3,1 milhões de t, Maranhão, 2,5 milhões de t, Piauí, 1,5 milhão de t, e Sergipe, 1,9 milhão de t. Na região Norte, espera-se um aumento de 3% nos estados do Tocantins e Amazonas, que deverão moer 2,44 milhões de t e 320 mil de t, respectivamente. No Pará serão esmagadas 1,3 milhão de t de cana.
“Em abril do próximo ano, haverá fechamento da safra 2022/2023 nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e Amazonas. Em agosto de 2023, a moagem será encerrada em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba e Sergipe”, diz a entidade.
Na safra 2021/22, a moagem no Nordeste totalizou 46,41 milhões de toneladas, enquanto usinas do Norte processaram 7,59 milhões de toneladas. “No total, a produção de 54 milhões de toneladas alcançada pelas 53 usinas presentes em 11 estados do Norte e Nordeste foi 3,8% maior do que o verificado na safra 2020/2021, quando foram registradas 52 milhões de toneladas.”
Na safra 2021/2022, 2,9 milhões de toneladas de açúcar foram produzidas, em linha com a temporada anterior. A fabricação total de etanol foi praticamente estável em relação ao ciclo anterior. “Somando anidro e hidratado, o Norte e Nordeste entregou 2,1 bilhões de litros ao mercado. O destaque mais evidente foi a produção do etanol anidro, que atingiu 1,02 bilhão de litros, quantidade 7% superior à da safra 2020/2021, quando se produziu 950 milhões de litros”, informou a NovaBio.
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