Fenômeno foi previsto na semana passada, mas especialistas descartam a possibilidade de formação do mesmo na costa da região Sul
Na última semana, previsões meteorológicas indicavam a probabilidade de um ciclone bomba se formar no mar, próximo ao litoral da região Sul, nesta terça-feira, 12 de novembro. Porém, de acordo com a Metsul Meteorologia, não há qualquer chance de o fenômeno acontecer. “Nenhum modelo de previsão do tempo indica a formação de uma bomba meteorológica, outra designação técnica para um ciclone bomba, no Sul do Brasil”.
Segundo a Metsul, na quarta-feira (6/11) havia a possibilidade de uma ‘ciclogênese explosiva’ – ou ciclone bomba – se formar a leste do Uruguai e a sudeste do Rio Grande do Sul. Porém, os mesmos modelos que projetavam o ciclone não mantiveram a previsão de formação já a partir de quinta-feira (7/11).
Os diferentes modelos analisados pela consultoria (norte-americano GFS, canadense, europeu (ECMWF) e alemão (Icon)) para esta terça-feira, apontam chance zero de o fenômeno se formar, tão pouco um ciclone.
E como fica o tempo?
Sem chance de ciclone, a previsão do tempo indica a atuação de uma frente fria com muitas nuvens de chuva em Santa Catarina e no Paraná nesta terça-feira. Segundo o boletim climático da Metsul, as precipitações serão “mal distribuídas e com volumes baixos”.
Já no Rio Grande do Sul, o dia será de tempo firme no oeste e no sul. Por outro lado, o começo do dia terá nuvens e chance de chuva ou garoa na metade norte, onde o tempo deve melhorar ao longo do dia. Ainda no Estado, o ar mais frio deve ingressar com ventos de 50 km/h a 70 km/h no leste.
O que é um ciclone bomba?
Um ciclone bomba é um ciclone extratropical que se aprofunda de forma muito rápida. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a ciclogênese recebe a denominação de ‘ciclogênese explosiva’ ou ‘ciclone bomba’ quando um ciclone extratropical apresenta uma queda de pressão no seu centro maior a 24 milibares (ou 24 hPa) em um período de 24 horas.
Nem todos os ciclones que se desenvolvem rapidamente são ciclones explosivos. Mas, para fins de previsão do tempo, quando se observam condições de um ciclone de rápido desenvolvimento que se aproxime dos critérios estabelecidos, é possível classificá-lo como um ciclone do tipo bomba e emitir alertas para as áreas em risco, informa a Climatempo.
Os ciclones extratropicais estão sempre associados a passagem de frentes frias e frentes quentes, que causam ventos, chuva e ressaca no mar. No caso dos ciclones bomba, os efeitos são mais intensos devido a essa queda abrupta da pressão atmosférica. Essas condições elevam a chance de tempo severo, como ressaca no litoral e danos nas cidades e zonas rurais.
Por: Marcos Fantin Fonte: Globo Rural
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