O clima ajudou as cotações do açúcar a iniciarem a semana em alta nas bolsas internacionais, isso porque, segundo a Rural Clima, em análise trazida pela Reuters, o Brasil “terá chuvas benéficas à cana-de-açúcar até 10 de agosto, o que melhoraria a umidade do solo para as lavouras”.
Outros fatores que contribuíram para a alta, ainda segundo a Agência Internacional de Notícias, foi a valorização do real brasileiro em relação ao dólar, o que desencoraja a exportação pelos produtores de açúcar do Brasil, maior player mundial da commodity.
Em Nova York, na ICE Futures, o açúcar bruto fechou valorizado em todos os lotes. O vencimento outubro/22 foi contratado ontem a 17,96 centavos de dólar por libra-peso, pequena valorização de 2 pontos no comparativo com os preços da sessão anterior. Já a tela março/23 subiu 3 pontos, negociada a 18,05 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 6 e 16 pontos.
“A falta de chuva em várias regiões produtoras de açúcar em todo o mundo sustenta os preços do adoçante. A Maxar Technologies disse na quarta-feira, 3, que as condições quentes e secas na França e na Alemanha ameaçam reduzir os rendimentos da beterraba sacarina na União Europeia e que a cana-de-açúcar da Índia, ao redor da bacia do rio Ganges, recebeu chuvas abaixo do normal em junho e julho”, trouxe a Reuters.
Os analistas ouvidos pela agência ainda destacaram que os preços do açúcar também foram recentemente reduzidos após a Índia permitir exportações adicionais. “O governo da Índia confirmou na sexta-feira, 5, que autorizaria o embarque de mais 1,2 milhão de toneladas no ciclo que termina em 30 de setembro, de modo a ajudar as usinas do país a cumprirem contratos. O volume está acima da cota atual de 10 milhões de toneladas estabelecida anteriormente”.
Londres
Em Londres a segunda-feira foi mista para as cotações do açúcar branco negociadas na ICE Futures Europe. Os lotes outubro e dezembro/22 fecharam em baixa de 5,80 e 2,50 dólares, respectivamente, negociados a US$ 545,10 e US$ 514,50 a tonelada. Nas demais telas a commodity fechou valorizada entre 60 cents e 3 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a segunda-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 129,55 contra R$ 129,61 de sexta-feira, pequena desvalorização de 0,05% no comparativo entre os dias.
Etanol hidratado
Já o Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado fechou pelo sétimo dia consecutivo no vermelho nesta segunda-feira. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.933,00 o m³, contra R$ 2.942,50 o m³ praticado na sexta-feira, desvalorização de 0,32% no comparativo entre os dias. No mês o indicador já acumula baixa de 2,77%.
Fonte: Agência UDOP de Notícias