Preocupações com o clima na reta final da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil, maior produtor de açúcar do mundo, e um impulso de compra por parte dos fundos favoreceram as cotações do açúcar nesta quarta-feira (9) nas bolsas internacionais.
Em Nova York, durante a sessão, a commodity chegou a bater o pico de 3 meses e meio, a 19,43 centavos de dólar por libra-peso, na tela março/23, que terminou o dia contratada a 19,38 cts/lb, valorização de 38 pontos no comparativo com o dia anterior. Já o lote maio/23 fechou comercializado a 18,40 cts/lb, alta de 34 pontos. Os demais contratos subiram entre 8 e 25 pontos.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu ontem suas perspectivas para o fornecimento de açúcar nos Estados Unidos na temporada 2022/23, estimando menor produção total e importações.
“Os negociantes disseram que a compra de fundos ajudou a alimentar a recente alta nos preços, enquanto há preocupações de que atrasos na colheita de cana no Centro-Sul do Brasil possam levar a uma produção de açúcar abaixo do esperado. As vendas de açúcar indiano, no entanto, ajudaram a manter os preços sob controle”, destacou a Agência Internacional de Notícias.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, a quarta-feira foi de alta em todas as telas do açúcar branco. O vencimento dezembro/22 foi contratado a US$ 543,50 a tonelada, valorização de 6,20 dólares, ou 1,2%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/23 subiu 6,30 dólares, contratada a US$ 523,70 a tonelada. Os demais lotes subiram entre 4,10 e 6,50 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno o Indicador Cepea/Esalq, da USP, para o açúcar cristal fechou em leve queda ontem, com a saca de 50 quilos negociada pelas usinas a R$ 129,05, desvalorização de 7 centavos de real, ou 0,05%, no comparativo com os preços de terça-feira.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado registrou sua segunda desvalorização seguida pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.943,50 o m³, contra R$ 2.978,50 o m³ praticado no dia anterior, recuo de 1,18% no comparativo entre os dias, reduzindo a margem positiva no mês de novembro para 1,24%.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.