Cotribá amplia uso de tecnologia para monitoramento animal
Coleiras de monitoramento animal estão proporcionando um novo patamar de assertividade no controle do rebanho de vacas leiteiras dos produtores associados da Cotribá. Sócia da CowMed, startup de Santa Maria/RS, a cooperativa aderiu de vez às vantagens da tecnologia para reforçar as boas práticas animais (BPAs), além de melhorar a produtividade e a rentabilidade dos produtores. De acordo com o supervisor técnico Iuri Felice, coordenador do projeto na Cotribá, atualmente, são 4 mil vacas monitoradas em 44 propriedades gaúchas. A meta é chegar a 10 mil até o final do ano, conectando em torno de 100 propriedades.
A Cotribá gerencia 60 mil vacas diariamente e com o novo sistema, o acompanhamento dos animais pode ser feito à distância, por meio de um aplicativo que registra e interpreta o comportamento das vacas captado pelas coleiras 24h/dia. A nova ferramenta começou a ser adotada em 2021 com mil vacas de 12 fazendas, passando para 1,5 mil animais e 18 propriedades no ano seguinte.
É possível monitorar a ruminação, atividade do animal, ócio e ofegação e com os dados corrigir padrões de nutrição, entre outros benefícios. As coleiras com sensores eletrônicos também fazem a detecção da época de cio, identificam comportamentos que antecedem o parto e dão alertas sobre problemas de saúde do animal. Os produtores costumam dizer que sempre que o aplicativo emite algum alerta é porque o animal tem algum problema.
Uma das principais vantagens do uso do aplicativo é poder antecipar a tomada de decisões e traçar metas para a atividade. É possível, por exemplo, fazer o planejamento forrageiro para todo o ano com base nos níveis nutricionais informados. Além disso, o aplicativo proporciona maior comodidade ao produtor que, na palma da mão, pode conferir como está o rebanho sem necessidade da presença constante no campo.
Alerta no aplicativo
De acordo com a produtora Clenir Fior, de Ibirubá, com o uso das coleiras de monitoramento diminuiu a mortalidade dos animais. “Se deu um alerta no aplicativo, algum problema a vaca tem. Ou machucou o casco, ou está iniciando um processo de mastite, por exemplo”, relata. “Realmente é uma ferramenta que auxilia muito na propriedade e que está oferecendo cada vez mais itens para monitorarmos os nossos animais.” O produtor Gabriel Adams, de São Pedro do Butiá, também considera que a tecnologia ajudou muito na questão da nutrição, por avaliar a ruminação e consumo dos animais. “As coleiras ajudaram na identificação de alguns problemas que estavam acontecendo na propriedade e não estávamos percebendo. Corrigimos isso e melhoramos o consumo, com tratos mais separados,” informa.
A ferramenta também contribui para que os associados da Cotribá possam atingir os índices de excelência exigidos pela CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda), um dos principais compradores de sua produção leiteira. Esta entidade implantou um sistema de pagamento que contempla a qualidade do produto como uma das variáveis para a bonificação. “No início é desafiador, pois precisamos entender o que olhar e de que forma interpretar as informações emitidas, mas os resultados são compensadores”, afirma Felice.
Mais antiga cooperativa agropecuária em funcionamento no Brasil, a Cotribá encerrou o exercício de 2022 com um faturamento recorde de R$ 4,09 bilhões, superando os R$ 3,53 bilhões alcançados em 2021. Com este resultado, o total distribuído aos produtores associados foi de R$ 28,99 milhões, superior aos R$ 27,3 milhões do ano anterior. O resultado operacional líquido ficou em R$ 62,68 milhões.
Fonte: Cotribá
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