A decisão da Opep+ de antecipar o aumento da produção de petróleo para compensar as perdas de produção russa foi apontado por analistas como a causa principal da desvalorização das cotações do açúcar na bolsa de Nova York, nesta quinta-feira (2).
Ontem, em reunião regular, os países que compõem à Opep+ anunciaram que elevarão a sua produção da commodity em 648 mil barris por dia (bpd) em julho, elevando o acréscimo anteriormente previsto, de 432 mil bpd. Segundo a entidade, o aumento de 432 mil bpd previsto para setembro vai ser adiantado e distribuído igualmente entre julho e agosto.
Com a medida, o mercado de açúcar reagiu negativamente na ICE Future de Nova York. O lote julho/22 do açúcar bruto foi contratado ontem a 19,35 centavos de dólar por libra-peso, queda de 9 pontos, ou 0,5%, no comparativo com os preços praticados no dia anterior. Em Londres a ICE Future Europe não opera nesta quinta e sexta-feira devido a um feriado nacional.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, “também houve conversas de distribuidores de combustíveis no Brasil adiando a compra de etanol, em antecipação a um possível corte de impostos que poderia derrubar os preços dos combustíveis no país”, apontado como outro fator para a baixa desta quinta-feira.
Mercado doméstico
No mercado interno a quinta-feira também foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 128,55 contra R$ 130,64 da véspera, recuo de 1,60% no comparativo entre os dias.
Etanol hidratado
Pelo Indicador Diário Paulínia que mede o etanol hidratado, o biocombustível registrou ontem sua 13ª queda consecutiva, com o metro cúbico negociado a R$ 3.165,50, desvalorização de 1 real, ou 0,03%, no comparativo com os preços praticados na véspera.
Rogerio Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias