Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
sexta-feira, agosto 15, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Dívida do setor sucroenergético deve cair em 2021/22, calcula Banco Alfa

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
17 junho, 2022
em Cana de Açúcar, Economia, Usinas
Tempo de leitura: 6 minutos
A A
0
Home Culturas Cana de Açúcar

O setor sucroenergético brasileiro, depois de longos anos sem boas perspectivas, viu uma retomada a partir da safra 2019/20, com investimentos para aumento de qualidade e produtividade sendo impulsionados pela melhora dos preços de produtos como açúcar e etanol.

De acordo com o superintendente de agronegócio do Banco Alfa, Manoel Pereira Queiroz, após um crescimento real da ordem de 14% na safra 2018/19, a dívida total do setor se manteve estável em 2019/20 e caiu cerca de 22% na temporada 2020/21.

Os balanços da safra 2021/22, que serão apresentados em breve, deverão apresentar resultados bastante heterogêneos entre as empresas, em função da quebra de safra e da política de hedge adotada por cada grupo sucroenergético.

Manoel Pereira Queiroz fala um pouco de passado, o presente e o futuro do setor sucroenergético.

Ao longo dos últimos dez anos, quais foram os principais fatores econômicos que impactaram negativamente as usinas sucroenergéticas?
Não tenho dúvidas de que o maior impacto negativo ao setor nos últimos dez anos foi o congelamento de preços da gasolina por parte da Petrobras, entre 2011 e 2014. Mas é importante olhar em perspectiva. Tivemos um boom de expansão na década de 2000, quando alguns grupos se endividaram além do que seria prudente e, em seguida, tivemos a crise de 2008 que enxugou a oferta de crédito e aumentou consideravelmente o custo de captação. Quando veio o congelamento da gasolina, algumas usinas já estavam debilitadas. Foi, portanto, um golpe de misericórdia.

Depois de muitos anos de preços ruins, as usinas sucroenergéticas começam, a partir de 2019/20, a ver uma recuperação nos valores de açúcar e etanol. Como a melhora dos preços vem impactando as usinas no sentido de investimentos tanto no campo como nos parques industriais?
Os preços deram um novo ânimo e o setor voltou a investir, mas é importante notar que os investimentos foram muito mais em qualidade e produtividade do que em expansão. Investimentos como cogeração, biogás, monitoramento de frota, manejo agrícola e outros, visam gerar mais fluxo de caixa livre por tonelada de cana, o que é muito saudável. Vale notar que, por outro lado, a área ocupada com cana-de-açúcar no Centro-Sul, tem diminuído nos últimos anos.

Na safra 2022/23 – com perspectiva de uma moagem não muito maior do que a vista em 2021/22, além de preços do açúcar, etanol e petróleo mais altos –, o setor poderá esperar um ano ainda mais positivo? Como a alta nos custos de produção freia os ganhos das usinas e como isso impacta no caixa?
Os preços elevados de açúcar, petróleo e câmbio, sem dúvida nenhuma, ajudam muito. Por outro lado, os custos de produção aumentaram de forma considerável. Além disso, alguns grupos fixaram preços de açúcar antecipadamente durante o ano passado, preços esses que pareciam à época altamente remuneradores, mas cuja realização em alguns casos se dará a um valor abaixo do mercado à vista e com custos incorridos maiores que os previstos, comprometendo dessa forma as margens. Minha estimativa é que, na média, o saldo ainda será positivo, mas nesse ponto, vale reforçar que cada empresa é única, com custos de produção e situação financeira diferentes das demais. Enfim, algumas empresas serão mais afetadas com a elevação de custos que outras.

Qual é o atual nível de endividamento das usinas sucroenergéticas? Como se deu essa evolução ao longo dos últimos quatro anos?
Os últimos três anos, em particular, foram muito bons em preços, permitindo que a maioria das empresas do setor reduzisse sua alavancagem financeira. O mercado ainda não tem os números totalmente fechados da safra 2021/22; embora as usinas fechem o balanço em março, as publicações dos números auditados demoram a sair. Mas, em que pese um aumento de custos ocorrido já no ano passado e a queda da produtividade, nossa estimativa é que o setor teve, na média, redução da dívida líquida. Nunca é demais repetir que a média nesse setor não significa muita coisa. Com certeza, quando os números estiverem disponíveis, vamos constatar que, enquanto algumas empresas reduziram endividamento, outras ficaram no zero a zero ou apresentaram aumento em sua alavancagem.

Há uma expectativa de queda do nível de endividamento para os próximos anos?
Em relação a esta safra e aos próximos anos é muito difícil prever o comportamento da dívida. Além de depender de condições climáticas e comportamento dos preços, a geração de caixa de uma empresa pode ser usada para investir, pagar dividendos e/ou reduzir endividamento. Ou seja, uma determinada empresa pode resolver, por exemplo, usar sua geração de caixa, ou até mesmo tomar novas dívidas, para fazer frente a investimentos. Aumento da dívida para investimentos que irão gerar maior fluxo de caixa futuro é muito saudável.

Na sua visão, como as usinas sucroenergéticas vem evoluindo suas gestões financeiras? O que ainda falta ser feito?
De forma geral, a gestão financeira nas empresas sucroenergéticas evoluiu bastante. É raro uma usina de médio ou grande porte que não tenha um bom gestor financeiro, com formação robusta em finanças e boa interlocução com bancos e o mercado em geral. Há dez ou quinze anos, a interlocução era com o usineiro ou seu contador, que, por melhor que fosse em contabilidade, geralmente entendia muito pouco de gestão de passivo. Hoje, vários grupos acessam o mercado de capitais e muitos deles possuem ratings públicos emitidos pelas agências mais respeitadas do mundo. Várias usinas, incluindo as de capital fechado, adquiriram o costume de fazer “roadshows” trimestrais com os seus principais bancos, ocasião em que apresentam seus números com total transparência, abordando de forma direta os pontos que os financiadores entendem ser relevantes para a aprovação de crédito.

Quais são os pontos que deverão ser observados de perto pelo setor ao longo dessa safra (2022/23)?
Clima, produtividade, custo de produção, mercados de câmbio, petróleo e açúcar. É preciso também ficar atento à política do governo e da Petrobras em relação ao preço dos combustíveis. No entanto, eventos recentes têm mostrado que a governança da empresa ganhou robustez, o que inibe tentativas de intervenção. Particularmente, acho muito mais difícil uma manipulação nos preços dos combustíveis hoje em dia. Estou otimista quanto a esse ponto, seja lá qual for o governo de plantão.

Em 2021, a Raízen finalizou a compra da Biosev e se tornou o maior grupo sucroenergético do Brasil, com 35 unidades. Mais recentemente, tivemos também a compra da usina Santa Vitória pela Jalles Machado. Como você enxerga o movimento de consolidação de usinas? Há como prever mais fusões ou aquisições?
Acho muito saudável que as fusões e aquisições tenham voltado ao jogo, é sem dúvida uma ótima forma de entrar dinheiro no sistema, pois permite não só resolver problemas acumulados por alguns grupos ao longo dos anos, mas também novos investimentos em expansão e produtividade. No entanto, no que diz respeito a grupos endividados, não é tão fácil quanto parece. Uma usina em dificuldade financeira deixa de investir no canavial e na indústria. O comprador vai descontar do preço todo o investimento que terá que ser feito para recuperar a usina, além de todos os passivos fiscais e trabalhistas. Com tudo isso, muitas vezes a conta não fecha. Particularmente, acredito que ainda continuaremos vendo mais consolidação de canaviais do que consolidação de empresas no futuro próximo.

Considerando as questões macroeconômicas, políticas públicas e o cenário de preços, qual é o horizonte que pode ser vislumbrado para as usinas sucroenergéticas para esse e os próximos anos?
Sou muito otimista em relação ao médio e longo prazo. Temos um setor muito sustentável do ponto de vista ambiental, um verdadeiro exemplo de economia circular. Pela primeira vez em muitos anos, ao menos três importantes montadoras reconheceram que a solução elétrica 100% “plug-in” não serve para todos os países e recolocaram os biocombustíveis em seus radares. O biogás tem um enorme potencial para o setor, tanto para reduzir ainda mais a pegada ambiental como para gerar mais receita por tonelada de cana moída. Novas tecnologias disruptivas, como a semente de cana, prometem em poucos anos reduzir consideravelmente os custos de produção. Tudo isso, somado ao trabalho de melhoria contínua da gestão e da governança das empresas sucroenergéticas, indica um futuro promissor.

Fonte: RPA NEWS

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Diesel mantém cenário crescente e preço salta mais de 0,50% no início de junho, aponta Ticket Log

Próximo post

Açúcar: exportação atinge 785 mil toneladas em junho

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Raízen desinveste R$ 3,6 bilhões em simplificação de portfólio
Usinas

Raízen desinveste R$ 3,6 bilhões em simplificação de portfólio

por Redação Visão Agro
15 agosto, 2025

Empresa reforça negócios centrais no Brasil e Argentina Foto: divulgação A Raízen, controlada por Shell e Cosan, já concluiu desinvestimentos...

Ler maisDetails
Jalles tem queda na moagem de cana, mas receita e produção de açúcar disparam no primeiro trimestre
Usinas

Jalles tem queda na moagem de cana, mas receita e produção de açúcar disparam no primeiro trimestre

por Redação Visão Agro
15 agosto, 2025

Foto: divulgação A Jalles Machado encerrou o primeiro trimestre da safra 2026 com avanço significativo nos indicadores operacionais e financeiros....

Ler maisDetails
Cade aprova venda de usinas da Raízen para Thopen em operação de até R$ 600 milhões
Leia mais

Cade aprova venda de usinas da Raízen para Thopen em operação de até R$ 600 milhões

por Redação Visão Agro
15 agosto, 2025

Foto: divulgação Raízen A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de usinas de...

Ler maisDetails
Coruripe promove reestruturação e anuncia novos líderes para finanças, operação agrícola e gestão de fornecedor
Usinas

Coruripe promove reestruturação e anuncia novos líderes para finanças, operação agrícola e gestão de fornecedor

por Redação Visão Agro
14 agosto, 2025

Toni Santos, Rafael Venancio e César Pimenta A Usina Coruripe anunciou, neste ano, uma série de mudanças estratégicas no quadro...

Ler maisDetails
IA revoluciona o monitoramento de pragas na cana-de-açúcar
Usinas

Confira a lista dos 10 maiores grupos do setor sucroenergético em 2024/25

por Redação Visão Agro
14 agosto, 2025

Segundo levantamento da FG/A (2025), a Raízen segue soberana no setor sucroenergético brasileiro, ocupando o primeiro lugar com 78,3 milhões...

Ler maisDetails
Centro-Sul deve moer 598,8 mi t de cana na safra 2025/26, queda de 3,7%, avalia StoneX
Cana de Açúcar

Hedgepoint atualiza projeção para safra de cana 2025/26 para 605 milhões de toneladas

por Redação Visão Agro
12 agosto, 2025

A safra 2025/26 está apresentando um desempenho abaixo do esperado, segundo a coordenadora de inteligência de mercado Lívea Coda Os...

Ler maisDetails
Área técnica do Cade aprova venda de ativos da Raízen para São Martinho e Batatais
Usinas

Área técnica do Cade aprova venda de ativos da Raízen para São Martinho e Batatais

por Redação Visão Agro
11 agosto, 2025

Sociedade limitada será detentora de contratos associados ao cultivo e aquisição de cana-de-açúcar Usina Santa Elisa em Sertãozinho - SP...

Ler maisDetails
Raízen reforça operação da Usina Vale do Rosário e desmente boatos sobre venda ou hibernação
Usinas

Raízen reforça operação da Usina Vale do Rosário e desmente boatos sobre venda ou hibernação

por Redação Visão Agro
11 agosto, 2025

A Raízen divulgou hoje,08 de agosto, um comunicado oficial dirigido aos seus fornecedores, reafirmando o compromisso com a transparência e...

Ler maisDetails
Bioenergia já é 30% de toda a matriz energética do Brasil
Cana de Açúcar

Guatemala abre mercado para mudas de cana, anunciam ministérios

por Redação Visão Agro
11 agosto, 2025

O Brasil poderá exportar gergelim para a África do Sul e mudas de cana-de-açúcar para Guatemala, informaram o Ministério da...

Ler maisDetails
SCA Brasil projeta moagem de cana 5,4% menor no Centro-Sul em 2025/26
Usinas

Nova usina sucroenergética em Prata (MG) deve receber mais de R$ 1 bi em investimentos

por Redação Visão Agro
8 agosto, 2025

Unidade será construída aliando inovação, sustentabilidade e diversificação energética O setor de açúcar e etanol terá a inclusão de mais...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post

Açúcar: exportação atinge 785 mil toneladas em junho

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36