A Embrapa vai inserir Mato Grosso do Sul na sua estratégia de expandir o plantio da cultura para o Cerrado como cereal de inverno. No Estado, o projeto será capitaneado pela Embrapa Trigo e pela Embrapa Agropecuária Oeste. Em nota, a estatal de pesquisa agropecuária afirma que realizará várias ações a partir da safra 2023 ao longo de três temporadas para aumentar a produção do cereal no País, incluindo em Mato Grosso do Sul. A expectativa da Embrapa é ampliar em 100 mil hectares a área plantada com o cereal no País em três anos, alcançando produção adicional de 300 mil toneladas por ano.
A Embrapa informou que no primeiro momento adotará métodos de avaliação e de validação de cultivares “modernas” de trigo com características favoráveis ao Cerrado. Os materiais serão instalados em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Do lado técnico, os pesquisadores da Embrapa buscarão identificar as práticas agronômicas para o cereal neste bioma, incluindo a definição de solo, época de plantio, vigor, germinação, tratos culturais e avaliações sanitárias, com ênfase nas doenças, chegando na fase de colheita.
“Vamos qualificar e quantificar o grão colhido, para o que ele serve: para panificação, macarrão ou biscoito. Com base nesses dados locais, esperamos gerar informações para os municípios que quiserem integrar esta agenda do trigo tropical, de transformar esse trabalho numa oportunidade”, disse o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, na nota. Ele reafirmou a previsão de o País se tornar autossuficiente em trigo em menos de cinco anos.
Chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira observou que o projeto visa também a diversificação de culturas no Estado, que já foi um “grande produtor de trigo”. “O entendimento técnico propiciará, juntamente com as parcerias a serem estabelecidas, a busca pelas informações ainda necessárias para a solidificação de sistema de produção adaptadas para as diferentes região de Mato Grosso do Sul, além de subsidiar o Estado para implementação de políticas públicas que favoreça à consolidação do trigo e de outros cereais de inverno como uma opção para diversificação de culturas”, disse Oliveira.
Na safra 2022, o Estado semeou 20,5 mil hectares com trigo, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Fonte: Estadao
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