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Estudantes de Maceió criam fralda biodegradável feita de coco e cana-de-açúcar

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
4 novembro, 2025
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Tempo de leitura: 5 minutos
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Projeto do Colégio Tiradentes une inovação, sustentabilidade e consciência social

Frauda é feita com fibras de coco e bagaço de cana-de-açúcar | Foto: Divulgação

O que começou como um trabalho escolar se transformou em um exemplo inspirador de ciência, criatividade e compromisso social. Seis estudantes do 2º ano do ensino médio do Colégio Tiradentes, em Maceió, desenvolveram uma fralda biodegradável e de baixo custo feita a partir de fibras de coco e bagaço de cana-de-açúcar — materiais abundantes e sustentáveis, capazes de substituir os componentes plásticos das fraldas comuns.

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A ideia surgiu da inquietação dos alunos Nelson Ferreira, Isaque Paulino, Lavínia Dantas, Thayara Costa e Ana Luiza, sob a mentoria do professor de Biologia Marcos Bonfim, que orientou a equipe ao longo de todas as etapas do projeto.

“Inicialmente queríamos criar um absorvente, porque percebemos que ele era pouco presente nas escolas. Mas vimos que já existem opções sustentáveis no mercado e o programa Dignidade Menstrual. Então, buscamos entender outras necessidades e descobrimos que muitas mães enfrentam dificuldades com o alto custo das fraldas”, relatam os estudantes.

O grupo observou que, enquanto o governo distribui fraldas geriátricas e para pessoas com deficiência em alguns estados, não há políticas públicas voltadas para bebês em situação de vulnerabilidade social. E o problema é grande: um único bebê usa cerca de 2.500 fraldas apenas no primeiro ano de vida, o que representa 70 milhões de unidades descartadas por ano no Brasil. Além do custo elevado, o impacto ambiental é alarmante — fraldas comuns levam até 500 anos para se decompor.

Da ideia à prática

Com poucos recursos e muita determinação, os jovens cientistas decidiram desenvolver o protótipo com matérias-primas que seriam descartadas no meio ambiente. “Percebemos que coco e cana são desperdiçados todos os dias, e depois de várias pesquisas descobrimos que, quando misturados, formam um núcleo absorvente e biodegradável”, explicam.

O processo, no entanto, não foi fácil. Sem laboratório adequado, parte dos experimentos teve que ser feita nas casas dos alunos. “Foi exaustivo. Tivemos que triturar e secar o material manualmente, improvisar equipamentos e lidar com a falta de estrutura, mas não desistimos”, lembram.

O professor Marcos Bonfim destaca o empenho do grupo. “A dedicação e a capacidade de iniciativa dos alunos foram notáveis. Desde o início, mostraram que queriam desenvolver algo de real aplicação social. Coletaram materiais, pesquisaram e seguiram sonhando alto”, elogia.

Segundo o educador, o projeto é resultado de um aprendizado que ultrapassa os muros da escola. “A sala de aula fornece o ponto de partida, mas o conhecimento ganha força quando se transforma em ação. Projetos assim estimulam os jovens a olhar o mundo de forma crítica, compreender os problemas e buscar soluções reais”, detalha.

Os testes realizados pelos alunos comprovaram a eficiência da inovação. O protótipo feito apenas com cana absorveu cerca de 50 ml de água, enquanto o modelo com coco e cana chegou a 75 ml antes de vazar — desempenho próximo ao de fraldas industrializadas.

Além da performance, o diferencial está no baixo custo. Cada unidade tem custo estimado de R$ 0,85, abaixo das fraldas convencionais (acima de R$ 1,00) e muito mais barata que as fraldas biodegradáveis disponíveis no mercado, que custam o dobro.

A composição é totalmente ecológica: fibra de coco e bagaço de cana triturados, papel kraft, bicarbonato, maisena, vinagre, gaze, algodão e papelão reciclado. Nenhum componente vem do petróleo ou de processos industriais poluentes. A decomposição completa ocorre em até oito meses, contra os 500 anos das fraldas comuns.

O compromisso ambiental vai além do produto. A embalagem também é sustentável e plantável, contendo sementes que germinam após o descarte. “Queremos que cada pacote vendido ajude no plantio de uma árvore e incentive a conscientização. Nossa fralda é mais que um produto: é um movimento sustentável e social”, explicam os estudantes.

Sonho que ultrapassa a escola

O projeto já desperta o interesse de instituições e empresas pela sua proposta inovadora e viável. A equipe pretende apresentar o produto a órgãos públicos para que o governo possa distribuir as fraldas gratuitamente às famílias mais necessitadas.

“Nossa ideia é firmar parcerias e fazer com que o produto chegue a quem mais precisa”, destacam os alunos. “Cerca de 46,5% das crianças brasileiras vivem em situação de pobreza, e é por elas que estamos fazendo isso. Queremos mostrar que uma ideia pode transformar realidades”, complementam.

O professor Marcos acredita que o projeto é exemplo do que o investimento em ciência e educação pública pode gerar: “trabalhar com inovação sustentável é um desafio, mas é também o caminho para uma geração mais consciente. Esses alunos mostraram que é possível fazer ciência de verdade mesmo com recursos limitados.”

A experiência já rendeu à equipe o reconhecimento dentro e fora do colégio. “É gratificante ver o brilho nos olhos deles”, comenta Bonfim. “Eles descobriram que conhecimento, quando aliado à empatia e à vontade de mudar o mundo, se torna uma força transformadora”, diz.

O grupo segue aprimorando o projeto e sonha em ver a fralda biodegradável chegar às prateleiras — e principalmente às mãos das mães que mais precisam.

“Mesmo com poucos recursos, estamos dando o nosso melhor para ajudar quem mais precisa. Queremos que nosso trabalho inspire outras pessoas a pensar diferente e agir pelo bem do planeta e das pessoas”, resumem.

Por: Tatianne Brandão | Fonte: Gazeta de Alagoas

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