As exportações de carnes pelo Porto de Paranagu, no litoral do Paraná, cresceram cerca de 13% em 2022, com mais de 2,9 milhões de toneladas de frango e carnes bovina e suína embarcadas, informou o Portos do Paraná, em nota. O aumento registrado nas cargas de peixe foi ainda maior: 126%, passando de 2.085 toneladas em 2021, para 4.720 toneladas no ano passado.
O maior volume dos embarques está nas cargas de frango, correspondendo a 80% do total de proteínas exportadas pelo Porto de Paranaguá. Em 2022, 2.378.360 toneladas da carne das aves foram exportadas pelo Paraná. No ano anterior, 2.276.168 toneladas, ou aumento de 4,5%. As exportações da carne bovina subiram 113%. Em 2021, 221.442 toneladas foram embarcadas pelo Porto de Paranaguá. No ano passado, foram 471.943 toneladas. De carne suína, foram 119.802 toneladas exportadas em 2022; e 123.266 toneladas em 2021, uma queda de 2,8%.
Os principais destinos do frango embarcado por Paranaguá foram China, Emirados Árabes e África do Sul. A carne bovina foi principalmente para China, Filipinas e Egito. A carne suína foi exportada em maiores volumes para Hong Kong, Vietnã e Cingapura. O peixe teve os Estados Unidos como um dos principais destinos.
CARNE DE FRANGO/CEPEA: DEMANDA FRACA NO MERCADO INTERNO DERRUBA PREÇOS EM SP E MG
A demanda doméstica por carne de frango continuou enfraquecida na segunda semana de janeiro, dando sequência ao movimento observado iniciado no fim de dezembro, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em relatório. “Essa fator, somado ao menor poder de compra da população, por conta das despesas extras neste início de ano, tem pressionado as cotações da maioria dos produtos avícolas”, afirmou o Cepea.
Entre os dias 4 e 11 de janeiro, o valor do frango inteiro congelado negociado no atacado da Grande São Paulo recuou 5,2%, cotado na média de R$ 6,59/kg na quarta-feira (11). Em Pará de Minas (MG), a queda foi de 2,8% em relação à semana anterior, com o produto congelado comercializado a R$ 6,90/kg. Para o frango inteiro resfriado na região paulista, a baixa no preço foi de 5,2% de 4 a 11 de janeiro, chegando a R$ 6,62/kg na quarta-feira. Na região mineira de Pará de Minas, o produto resfriado se desvalorizou 2,7%, com média de R$ 7,10/kg.
De acordo com os colaboradores consultados pelo Cepea, além da baixa procura do consumidor final pela proteína, a redução dos valores do produto no mercado interno praticada por grandes players do mercado reforçou a pressão sobre as cotações.
Para os cortes e miúdos, a maioria dos produtos acompanhados pelo Centro de Estudos se desvalorizou nos últimos dias. Na Grande São Paulo, o coração resfriado, que registrou valorização no fim do ano passado, registrou a baixa mais expressiva dentre os cortes, comercializado a R$ 19,55/kg no dia (11), recuo de 9,2% em sete dias. No mesmo comparativo, o coração congelado se desvalorizou 7,1%, a 19,70/ kg no dia 11.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PRETENDE SIMPLIFICAR PROCESSOS PARA AUMENTAR EXPORTAÇÕES
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, pretende simplificar o procedimento de habilitação de estabelecimentos para a exportação de produtos de origem animal. Em nota, a pasta diz que a ideia é que as empresas contem “com um processo predefinido que permita uma tramitação mais célere”. A proposta foi apresentada pelo ministro após reunião com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). “Estamos trabalhando para ampliar o nosso mercado, mostrar as potencialidades do Brasil para o mundo e isso também inclui a simplificação de processos internos para que as empresas possam também se preparar para este novo momento”, disse o ministro na nota.
Fonte: Estadao
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