O frigorífico Big Boi, de Paiçandu (PR), interrompeu suas operações por 90 dias, a contar de terça-feira (10), disse o Ministério da Agricultura, em nota, sem informar os motivos. Ainda na terça, no mercado já havia boatos de que uma unidade frigorífica da cidade havia interrompido abates. A própria prefeitura de Paiçandu confirmou a informação. Mas a área administrativa da companhia rebateu a informação, considerando-a “fake news”. “As operações da empresa estão normais”, disse à reportagem. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) também afirmou que as atividades da Big Boi estão normais.
Uma das maiores empresas do Estado, a planta da Big Boi teria capacidade de abate de 700 animais/dia e cerca de 500 funcionários, conforme a apuração. O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes-PR) informou que a empresa associada “aparentemente” segue atuando. Destacou, no entanto, que o setor de carne bovina no Estado enfrenta, há alguns meses, pressão nas margens por causa dos custos mais altos.
APÓS FORTE ALTA EM DEZEMBRO, PREÇOS DO ANIMAL VIVO CAEM NA SEGUNDA SEMANA DE JANEIRO
Os preços do suíno vivo no mercado independente caíram na segunda semana do mês, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). O recuo ocorre após valorização do animal vivo e da carne em dezembro de 2022, diz o centro de estudos. A demanda doméstica enfraquecida tem pressionado as cotações tanto da carne quanto do vivo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.
Na Grande São Paulo, o suíno colocado na indústria se desvalorizou 8% entre os dias 3 e 10 de janeiro, cotado a R$ 7,17/kg. Na região de Patos de Minas (MG), a queda foi de 9,1% no mesmo período, com o animal negociado a R$ 6,92/kg. No Sul do País, o valor do animal recuou 6,1% em Braço do Norte (SC), a R$ 6,63/kg na terça-feira. No norte do Paraná, o preço do suíno recuou 7% no mesmo período, para R$ 6,55/kg. Em Santa Rosa (RS), o preço do animal recuou 8%, indo a R$ 6,77/kg no dia 10. “Vale lembrar que, historicamente, este período do ano apresenta menor liquidez para a proteína suinícola, devido à restrição orçamentária da maior parte da população e às férias escolares”, diz o Cepea.
No atacado, as cotações da carcaça acompanharam o movimento. “Desta forma, para evitar aumento dos estoques, atacadistas ajustaram negativamente os preços para melhorar a saída dos produtos”, observa. De 3 a 10 de janeiro, na Grande São Paulo, a carcaça especial foi negociada a R$ 10,49/kg ontem (10), queda de 9,3% em relação ao dia (3). Quanto aos cortes suinícolas, a paleta desossada registrou a desvalorização mais expressiva, negociada no Estado de São Paulo a R$ 12,13/kg na terça-feira, queda de 4,8% em relação ao dia (3).
Fonte: Estadao
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