“Todo mundo tem que ter consciência que o rebranding é um trabalho de longo prazo. Mas, se feito direito, comunicado de forma correta, se torna gigante e sólido”, destaca Marcelo Rizerio, cofundador e CEO da Euphoria
O agronegócio brasileiro enfrenta um grande desafio: conseguir se comunicar com a sociedade. Mesmo sendo o principal setor da economia do País, a maior parte da população urbana desconhece o que é feito no campo. Por esse motivo, o Global Agribusiness Festival (GAFFFF) trouxe especialistas para falar sobre as possíveis soluções que os players brasileiros podem usar para se posicionar perante os consumidores internos e externos.
“Rebranding no Agronegócio: Transformando a Percepção sobre o Setor” foi tema do painel 10, realizado nesta sexta-feira (28) no Global Agribusiness Forum 2024, sob a moderação de Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Eduardo Monteiro, diretor Comercial e de Marketing do Canal Rural Produções, disse que o agro brasileiro não está assumindo o protagonismo de sua história. Apesar desse problema, o momento para solucioná-lo é ideal, nas palavras do especialista.
“Temos boas histórias, e temos que contá-las para que sejam levadas à frente”. Eduardo ressalta que estamos na maior janela de consumo de conteúdo da história.
Diego Bonaldo Coelho, professor do mestrado profissional da FIA Business School, complementa: “Se você não consegue ser o narrador da sua história, alguém irá contá-la”. E propõe uma solução: “Nós temos que pensar como setor, por meio das entidades setoriais, juntamente com os governos, para que possamos construir uma agenda, orquestrando todos os players”.
Para Diego, o agronegócio precisa ser mais estratégico e menos funcional. Ele cita as “estratégias de não mercado” como forma de o setor se posicionar para além dos stakeholders, de maneira que envolva a sociedade civil.
Rafael Furlanetti, sócio-diretor institucional da XP, diz que o agronegócio brasileiro precisa “colocar a narrativa de forma correta”. País vanguardista em várias práticas sustentáveis, principalmente as relacionadas à agricultura tropical, o Brasil deve se colocar como o grande player global da segurança alimentar.
“Somos um país que está sempre na vanguarda da produção. Transformamos o Cerrado em área produtiva, por exemplo”, ressalta Furlanetti. Mas, em relação à comunicação, o sócio-diretor da XP foi taxativo: “Quando falamos uma coisa e as pessoas não entendem, o problema somos nós que não explicamos direito”.
O processo de rebranding do agronegócio brasileiro é possível e necessário, mas o caminho é longo. “Todo mundo tem que ter consciência que o rebranding é um trabalho de longo prazo. Mas, se feito direito, comunicado de forma correta, se torna gigante e sólido”, destaca Marcelo Rizerio, cofundador e CEO da Euphoria.
Fonte: DATAGRO
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