Moçambicana, Graça é ativista pelos direitos humanos, foi esposa de Nelson Mandela, bem como também ex-primeira dama de seu país de origem
Graça Machel, política e ativista pelos direitos humanos de origem moçambicana, destacou, nesta sexta-feira (28), no fórum GAF, dentro do GAFFFF, na capital paulista, o papel preponderante da mulher no combate à insegurança alimentar global, bem como para adaptação e mitigação dos processos produtivos e dos hábitos de consumo face às mudanças climáticas. Graça foi esposa de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, bem como também foi ex-primeira dama de seu país de origem. Hoje, ela atua por meio de fundação pela causa dos direitos humanos.
Em sua exposição, Graça lembrou números mundiais do flagelo da insegurança alimentar – quase um bilhão de pessoas em risco -, fazendo um recorte para o Brasil, onde, de acordo com a ativista, cerca de 33 milhões de pessoas estão nesta condição. “Isso é desconcertante para um grande produtor e exportador de alimentos.”
Graça defendeu a tese de que as mulheres são a espinha dorsal da segurança alimentar, tanto por sua natureza de atuação no setor produtivo, bem como pelo protagonismo na tomada de decisão do consumo. Segundo ela, no campo, as mulheres são mais receptivas a novas tecnologias, à inovação, e no dia a dia elas têm o olhar a mais pelo bem-estar de suas famílias – o que inclui a boa alimentação.
Graça chamou atenção ainda para o desafio das perdas e desperdícios na cadeia produtiva alimentícia, citando também a dicotomia global existente hoje envolvendo desnutrição e obesidade.
Fonte: Uagro
Clique AQUI, entre no canal do WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.