O preço médio da gasolina e do etanol caíram levemente nos postos brasileiros na primeira semana de novembro, enquanto o diesel ficou praticamente estável, apontou nesta sexta-feira uma pesquisa da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade.
O valor médio da gasolina recuou 0,32% no período de 3 a 9 de novembro, em comparação com a semana anterior (27 de outubro a 2 de novembro), a 5,862 reais por litro, apontou o levantamento, feito com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os Estados do Brasil.
“Na última semana, o varejo seguiu repassando a redução do preço desse combustível nas refinarias da Petrobras, ocorrido em 21 de outubro”, disse o head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues.
Na ocasião, a Petrobras aumentou em 6,58% o preço médio de venda do diesel às distribuidoras, ao mesmo tempo que reduziu o valor da gasolina em 4,1%, nos primeiros reajustes em cerca de dois meses.
“Para as próximas semanas devemos ter uma relativa estabilidade da gasolina, a menos que a petroleira faça novos reajustes.”
O repasse de reajustes de preços da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de fatores como margem da distribuição e revenda, adição de biocombustíveis e impostos.
O mercado também sofre influência de outros agentes além da Petrobras, pois conta com outras refinarias privadas e importa cerca de 25% do óleo diesel e 15% da gasolina, o que também interfere na precificação dos custos das distribuidoras aos postos.
O etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, apresentou um recuo de 0,22% na mesma comparação, para valor médio de 3,690 reais por litro.
“Os preços do combustível renovável nos postos seguem refletindo os resultados acima do esperado na produção das usinas”, disse Rodrigues.
Já o diesel S-10, o mais consumido no Brasil, nos postos de combustíveis teve uma leve queda de 0,08% no período de 3 a 9 de novembro, em comparação com a semana anterior, a 6,433 reais por litro.
“O diesel segue em período de relativa estabilidade, mas isso pode mudar nas próximas semanas com o repasse gradual, pelo varejo, do aumento do combustível nas refinarias da Petrobras e a partir de novos fatores externos que venham a pressionar a cotação do petróleo no mercado internacional”, ponderou Rodrigues.
Fonte: REUTERS
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