A geração distribuída alcançou em julho 12,2 GW de potência instalada no Brasil, dos quais 11,9 GW são de instalações fotovoltaicas, de acordo com dados da Aneel. Minas Gerais lidera o ranking dos estados, com quase 2 GW de potência instalada, seguido por São Paulo (1,6 GW) e Rio Grande do Sul (1,4 GW).
Nos primeiros sete meses do ano, foram adicionados 2,9 GW de geração distribuída, com mais de 316 mil novas instalações fotovoltaicas, além de 19 usinas termelétricas e quatro eólicas, totalizando 316.159 conexões em 2022.
Entre as regiões com maior quantidade anual de conexões, o Sudeste lidera o ranking, com 124.739; em seguida vem o Nordeste com 75.966 conexões anuais; o Sul, com 50.798 e, por último, o Norte, com 21.636.
Com o avanço no cenário da GD, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta, até 2031, um acréscimo de quase três milhões de novos consumidores no Brasil.
Enquanto a capacidade instalada acumulada deve alcançar 37.218 MWp, mantendo a tendência de maior participação da energia fotovoltaica, com 91% do mercado.
Para este ano, associações do setor esperam que as novas conexões adicionem pelo menos 8 GW de potência e chegar a 15 GW até o final de 2022.
O otimismo em relação ao setor tem pelo menos três motivações de fundo: a crise hídrica, que já no ano passado aqueceu a procura pela geração própria de energia; a aprovação do marco da mini e micro geração distribuída; e os efeitos da guerra na Ucrânia sobre o preço do petróleo e a inflação global.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o número de sistemas de energia solar instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos dobrou no estado do Rio de Janeiro entre maio de 2021 e maio de 2022, mostra um mapeamento realizado pela Win, empresa distribuidora de equipamentos fotovoltaicos.
O estado é o 9° em potência instalada no Brasil, com 492 MW de GD, dos quais 472 MW são de paineis solares. Segundo o levantamento da Win, o volume de conexões da geração própria de energia, a partir de fonte solar, saltou de 27 mil para 57 mil em um ano. Um crescimento de 114%.
E segue uma tendência mundial
Levantamento da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostra que a geração distribuída de fonte fotovoltaica somou 167 gigawatts de adição global entre 2019 e 2021. Para 2022, a expectativa é adicionar mais 59 GW.
Do total adicionado nos últimos anos, 87 GW foram projetos comerciais/industriais e 80 GW de instalações residenciais, com quase 64% da nova capacidade instalada na China, Europa e Estados Unidos.
Em 2022, o cenário se mantém: 65% dos 59 GW projetados para este ano serão instalados na China, Europa e Estados Unidos.
Fonte: Epbr