O gerente de Agricultura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alfredo Guedes, minimizou nesta quinta-feira (13/7) as chances de um possível impacto na safra agrícola, diante da passagem de um ciclone extratropical, que deve impactar o clima principalmente no Centro-Sul do Brasil. Segundo ele, os ventos têm se concentrado em áreas do litoral, onde há menor presença de lavouras. E, além disso, a soja e o milho — que são as maiores lavouras — já estão praticamente colhidas.
“Acredito que não haverá [impacto na safra]. Os ciclones são mais na área litorânea. Tem alguns ventos no interior, mas o mais forte tem sido no litoral, onde não tem tanta agricultura. O que realmente impacta a colheita são as chuvas do fim do ano”, disse ele, ao comentar os resultados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente a junho.
Além disso, ele destacou que a soja já está com a colheita finalizada, o que reduz a possibilidade de um efeito mais significativo no volume total da produção, com a passagem do ciclone. Guedes também não vê risco para o milho de segunda safra, mesmo com a colheita chegando a 29% da área. Juntos, soja e milho somam 272,7 milhões de toneladas, ou quase 90% da safra recorde de 307,3 milhões estimada para 2023.
Ainda que safra de grãos não tenha sido impactada até o momento, a passagem do ciclone já deixou estragos propriedades leiteiras do Rio Grande do Sul. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno deixa um alerta para mudanças no tempo nas regiões Sul e Sudeste até o próximo sábado.
Fonte: Globo Rural
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