Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
segunda-feira, julho 7, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Incêndios em Minas Gerais afetam lavouras de cana-de-açúcar e outras culturas

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
24 setembro, 2024
em Cana de Açúcar
Tempo de leitura: 7 minutos
A A
0
Home Culturas Cana de Açúcar

Queimadas reduzem a produtividade de cultivos e causam perdas aos produtores mineiros

Na Fazenda Santa Maria, em Campo Florido (MG), as perdas na lavoura vão além da área queimada

O Corpo de Bombeiros registrou 24.475 ocorrências de incêndio em Minas Gerais entre 1º de janeiro e 18 de setembro deste ano. Somente os quantitativos em julho e agosto, com 4.539 e 6.102 registros, respectivamente, representam 43,47% do total.

Em agosto, na região central e no sul do estado, além da Zona da Mata, ocorrências pontuais foram registradas – ao contrário do Triângulo Mineiro, que concentrou a maior parte dos focos de incêndio. Nessa toada, os produtores de cana dessa região devem amargar ao menos R$ 180 milhões em prejuízos decorrentes, também, da longa estiagem.

Um levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) contabilizou 84.483 hectares queimados em áreas rurais – somente no mês passado – distribuídos da seguinte forma: pastagens (34,1%), matas nativas (29,3%), cana-de-açúcar (27,9%), florestas plantadas (4%), plantas forrageiras perenes (0,8%), agro extrativismo (0,7%) e outras culturas (2,7%).

Em relação à cana, pouco mais de 23,5 mil hectares foram consumidos pelo fogo, o equivalente a 2,76% da área plantada com a cultura no estado. Questionada em relação ao impacto nas culturas do agronegócio de produtores atendidos pela empresa, a assessoria da Emater disse que o levantamento ainda está em produção em 32 regionais.

Segundo a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), aproximadamente 45 mil hectares de plantações de cana já pegaram fogo, entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de setembro, apenas na região do Triângulo Mineiro, responsável por 78% da produção de cana-de-açúcar em Minas, que é o segundo maior estado produtor dessa cultura no país. Do quantitativo informado, 30 mil hectares eram de cana a ser colhida.

O setor estima prejuízo inicial de R$ 180 milhões no segmento de bioenergia. “É muito provável que esse número seja muito maior. Isso porque em muitas dessas áreas onde ocorreram os incêndios vamos ter que fazer o replantio, que custa algo entre R$ 13 mil e R$ 14 mil por hectare”, explica o presidente da Siamig, Mário Campos.

Ele pondera que ainda não é possível quantificar os prejuízos para o consumidor. “Nós já tínhamos feito aplicações de herbicidas e fertilizantes nas áreas onde as palhadas foram queimadas. Então, perdemos todo esse investimento e vamos ter que repetir o processo”, completa.

Campos ainda complementa: “A perspectiva para a próxima safra é de redução na produção no estado, o que leva à diminuição da produção de açúcar e etanol. Em relação ao preço, ainda não é possível fazer uma projeção. Temos que esperar para ver como o mercado vai reagir”.

Perda no solo


Proprietário da Fazenda Santa Maria, em Campo Florido, no Triângulo Mineiro, o produtor Thiago Rocha Xavier é uma das vítimas e amarga prejuízos decorrentes do boom nos incêndios. “O fogo nos últimos dias atingiu aproximadamente 180 hectares de palhada e 80 hectares de canavial em pé na minha propriedade. Então, após mais de 150 dias sem chuva, os canaviais de fim de safra não vão atingir a produtividade esperada, com redução entre 10% e 15%”, conta.

Xavier emprega 38 colaboradores em sua fazenda e escoa a produção para uma usina de beneficiamento na própria cidade. A propriedade dele conta com 1.048 hectares destinados à cana-de-açúcar e outros 240 hectares para cereais.

“Há outros prejuízos, que, por enquanto, não consigo estimar, como a perda da proteção do solo, junto com a matéria orgânica e outros microrganismos, benéficos para essa cultura, deixados pelas palhas. Além disso, há a eliminação de insetos fundamentais para o controle natural de pragas, sem falar dos impactos ao meio ambiente”, completa.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) apontou na última sexta-feira, 20, uma provável queda de 23% na safra de café do tipo arábica em 2024 no estado depois de realizar uma pesquisa com 1.706 produtores assistidos por um programa de assistência do órgão.

No entanto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) disse na quinta-feira, 19, que Minas Gerais será responsável pela colheita de 27,69 milhões de sacas desta espécie, conferindo redução de 3,4% em comparação ao total colhido na safra anterior. “Esta redução se deve às estiagens, acompanhadas por altas temperaturas durante o ciclo reprodutivo das lavouras e agravadas a partir de abril, quando as chuvas praticamente cessaram em todo o estado”, afirma a Conab.

Ao todo, com 96% da área do café já colhida no fim de agosto, a safra brasileira em 2024 do grão está estimada em 54,79 milhões de sacas beneficiadas, o que representa queda de 0,5% se comparada com a produção obtida em 2023. A Conab aponta que “as condições climáticas adversas, como estiagens, chuvas esparsas e mal distribuídas, junto com altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram a produtividade”.

Líder mundial na produção e exportação de café, o país destina, em média, 60% do total a cada ano para outros países, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Minas Gerais é responsável, em média, por metade da produção nacional.

Reflexos no agronegócio


Sob a influência do fenômeno El Niño, o Brasil deverá enfrentar picos de calor extremo. O fenômeno associado ao aumento das temperaturas médias globais provoca efeitos climáticos adversos, como a intensificação dessas ondas e a redução severa das chuvas em algumas regiões. Com isso, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura média em muitas cidades pode aumentar em até 1,5°C acima do normal no decorrer do último trimestre deste ano.

O engenheiro agrônomo Renato Menezes explica que as altas temperaturas podem levar ao superaquecimento do tecido vegetal das plantas. “Isso pode acontecer mesmo quando elas recebem a quantidade ideal de água durante o ciclo produtivo. Esse estresse térmico impacta no crescimento, desenvolvimento e na capacidade produtiva, prejudicando tanto a qualidade, quanto a produtividade das culturas”, afirma.

Caso as mudanças climáticas avancem no ritmo atual, o Brasil poderá perder até 11% de sua produção agrícola até 2050, revela o especialista. “O estresse térmico provoca danos às membranas celulares das plantas e reduz seu potencial fotossintético, afetando diretamente a capacidade de produção delas”, explica.

Menezes ainda acrescenta que, em relação aos grãos, como a soja e o milho, o calor em excesso interfere na fecundação das flores e na formação dos grãos. “Na cana-de-açúcar, isso se traduz em menor acúmulo de açúcares no colmo e, por consequência, gera uma redução no rendimento durante o pós-processamento”, enfatiza.

Os impactos recaem também sobre as frutas. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Frutas (Abrafrutas), as perdas na produção de uvas e maçãs no Sul do Brasil por causa das temperaturas extremas foram de cerca de 20% em 2023.

“Nas frutíferas, o cenário é igualmente preocupante. O calor elevado reduz a produtividade, prejudica a resistência ao transporte, encurta o tempo de prateleira e altera o sabor dos frutos, não atendendo às exigências do mercado consumidor”, finaliza Menezes.

Linha de crédito


No último dia 12, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou o acesso ao crédito do Plano Safra 2024/25, por meio do Programa de Financiamento de Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro). A medida basicamente é voltada para produtores atingidos pelas queimadas em vários estados, com destaque para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte do país. Basicamente, o RenovAgro financia investimentos da agricultura de baixo carbono.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou quase 70 mil focos de queimadas somente em agosto. Para esta safra, foram disponibilizados R$ 7,6 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão já foi contratado e liberado aos produtores rurais. O Governo Federal autorizou que os R$ 6,5 bilhões restantes sejam utilizados por aqueles afetados pelas queimadas.

Para a assessora técnica Aline Veloso, do Sistema Faemg Senar, o crédito rural anunciado pelo governo pode acabar trazendo dificuldades financeiras aos produtores no futuro. “Embora a medida possa ser uma alternativa, a grande questão é que a taxa de juros não é factível com a situação tão delicada enfrentada pelos produtores”, avalia.

O RenovAgro compreende três linhas no Plano Safra: recuperação de áreas degradadas (RenovAgro Recuperação), restauração florestal (RenovAgro Ambiental) e demais práticas, como agricultura regenerativa. No Plano Safra, cada beneficiário poderá solicitar até R$ 5 milhões. A carência máxima é de oito anos. Os juros dos intitulados RenovAgro Recuperação e RenovAgro Ambiental são de 7% ao ano. Para o RenovAgro, o percentual é de 8,5%. A dívida deverá ser paga em até 12 anos.

Por: Bruno Luis Barros Fonte: Nova Cana

Clique AQUI, entre no nosso canal do WhatsApp para receber as principais notícias do mundo agro.

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Etanol hidratado volta a se valorizar nas usinas de São Paulo

Próximo post

ONS acredita em economia de até R$ 1,8 bilhão com horário de verão

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Manejo no corte de soqueira: estratégia para canaviais
Cana de Açúcar

Produtores investem em tecnologias para proteger a cana-de-açúcar e garantir qualidade na safra 2025/26

por Redação Visão Agro
4 julho, 2025

Frente a perdas climáticas e pragas, agricultores adotam soluções para manter produtividade e elevar o teor de sacarose da cana...

Ler maisDetails
Manejo eficiente pode reduzir emissões de óxido nitroso no setor sucroenergético
Cana de Açúcar

Produtividade da cana no Centro-Sul recua 12% em maio devido às chuvas irregulares, aponta CTC

por Redação Visão Agro
2 julho, 2025

Safra de maio apresenta queda expressiva na produtividade Segundo levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade média dos...

Ler maisDetails
Falece Lilo Bortoletto, cooperado mais antigo da Coplacana e referência do cooperativismo em Piracicaba
Cana de Açúcar

Falece Lilo Bortoletto, cooperado mais antigo da Coplacana e referência do cooperativismo em Piracicaba

por Fabio Palaveri
3 junho, 2025

Faleceu na última segunda-feira, 2 de junho, aos 89 anos, em Piracicaba, o senhor Giordano Antonio Bortoletto, conhecido como Lilo...

Ler maisDetails
Manejo no corte de soqueira: estratégia para canaviais
Cana de Açúcar

Manejo no corte de soqueira: estratégia para canaviais

por Redação Visão Agro
27 maio, 2025

O manejo biológico tem ganhado espaço como uma alternativa eficiente Segundo Tiago Zucchi, fundador da MAVEZ Assessoria, o corte de...

Ler maisDetails
Avança em PL que isenta pagamento de royalties para produtores de cana com até 150 t
Cana de Açúcar

Lucro líquido do CTC aumenta 8,5% no quarto trimestre da safra 2024/25

por Redação Visão Agro
23 maio, 2025

Na safra, resultado líquido alcançou R$ 175,7 milhões, enquanto a receita líquida bateu recorde, em R$ 422,6 milhões Apesar das...

Ler maisDetails
A produtividade estagnada da cana não é apenas um problema técnico: é um risco à sustentabilidade do negócio
Cana de Açúcar

A produtividade estagnada da cana não é apenas um problema técnico: é um risco à sustentabilidade do negócio

por Fabio Palaveri
19 maio, 2025

Por: José Cristóvão Momesso A cana-de-açúcar ocupa um papel central na matriz energética e agroindustrial brasileira. Porém, mesmo com todo...

Ler maisDetails
Fenasucro dá largada à 31ª edição com novidades e foco em inovação e sustentabilidade
Bioenergia

Fenasucro dá largada à 31ª edição com novidades e foco em inovação e sustentabilidade

por Fabio Palaveri
15 maio, 2025

A 31ª edição da Fenasucro & Agrocana teve sua abertura oficial nesta quinta-feira (15), em cerimônia realizada no auditório da...

Ler maisDetails
Goiás bate recorde na produção de cana-de-açúcar na safra 2024/25
Cana de Açúcar

Goiás bate recorde na produção de cana-de-açúcar na safra 2024/25

por Redação Visão Agro
12 maio, 2025

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) divulgou nesta sexta-feira (9/5) a 68ª edição do Agro em...

Ler maisDetails
Controle biológico avança na cana-de-açúcar
Cana de Açúcar

Controle biológico avança na cana-de-açúcar

por Redação Visão Agro
6 maio, 2025

Entre os destaques está o Trichogramma galloi Entre os destaques está o Trichogramma galloi - Foto: Arquivo Agrolink O uso...

Ler maisDetails
ORPLANA reafirma compromisso com a governança e transparência na revisão do Consecana/SP
Cana de Açúcar

ORPLANA reafirma compromisso com a governança e transparência na revisão do Consecana/SP

por Redação Visão Agro
2 maio, 2025

A ORPLANA (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), na qualidade de entidade integrante do Consecana São Paulo,...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post
ONS acredita em economia de até R$ 1,8 bilhão com horário de verão

ONS acredita em economia de até R$ 1,8 bilhão com horário de verão

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36