Biocombustível deve representar 20% do consumo do grão em 2024
O Itaú BBA espera que a produção de etanol de milho do Brasil cresça 25% na safra 2024/25, para 7,8 bilhões de litros. Para 2025/26, a expectativa é de um incremento de 11%, para 8,7 bilhões de litros. Os dados são da edição de setembro do relatório Radar Agro, feito pelo banco.
Dessa forma, o volume de milho consumido para a produção de etanol deve alcançar 17,3 milhões de toneladas em 2024 (avanço de 29% ante 2023), representando 21% do consumo doméstico. Em 2025, o banco estima que serão consumidos 19,4 milhões de toneladas.
Para os DDGs (grãos secos de destilaria), que são obtidos a partir da produção do biocombustível, a expectativa é que a fabricação alcance 5,2 milhões de toneladas em 2024 (crescimento de 28%), sendo que o Brasil deve exportar 14% desse volume (740 mil toneladas).
O Itaú reforça que as exportações de DDGs tem crescido de maneira importante, com o volume exportado atingindo 491,5 mil toneladas de janeiro a agosto de 2024, um avanço de 24% frente ao mesmo período de 2023. Considerando essa mesma taxa de crescimento para o restante do ano, o país teria um volume total de 744 mil toneladas, acima das 600 mil de 2023.
Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o Brasil possui 21 usinas de etanol que utilizam o milho como matéria-prima em funcionamento atualmente, sendo 11 no Mato Grosso, seis em Goiás, duas no Mato Grosso do Sul, uma no Paraná e uma em São Paulo.
Dessas 21 unidades, 11 são exclusivamente de milho, enquanto as demais produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho, denominadas usinas flex.
De acordo com o banco, a próxima fronteira a ser conquistada parece ser a produção do biocombustível a base de trigo. Atualmente, já existem usinas de etanol de trigo sendo construídas.
“Pelo mapeamento do Itaú BBA, a capacidade de produção dos três projetos (todos no Rio Grande do Sul) é de aproximadamente 385 milhões de litros por ano. No entanto, no horizonte do nosso cenário, apenas 15 milhões de litros por ano deverão estar funcionais em 2025”, apontam analistas.
Por: Pasquale Augusto Fonte: Nova Cana
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