A concessão do Porto de Santos, o maior da América Latina, ainda este ano é bem improvável, disse nesta sexta-feira uma fonte próxima às discussões sobre o certame.
Há um esforço grande dentro do Tribunal de Contas da União (TCU) para acelerar o processo de aprovação para a concessão, mas ainda há muitas dúvidas sobre o que o governo quer fazer.
“Porto de Santos é bem improvável; por conta do ´timing´ e eles (governo) não sabem o que querem. Eles ainda não sabem se vão arrendar o terminal ST S10 ou colocar dentro do porto. Não se pode deixar vender o porto se isso está dentro ou fora porque isso vale 3 bilhões”, adicionou a fonte.
O Ministério da Infraestrutura informou que mantém a previsão de realização do leilão do Porto de Santos para o quarto trimestre, “a partir do prognóstico de que há tempo hábil para a realização do certame”.
Esta semana, o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Bruno Eustáquio, afirmou que o governo federal trabalhava com a expectativa de realizar o leilão de concessão de 35 anos do porto na segunda quinzena de dezembro.
Documentos relativos à concessão do terminal foram encaminhados na semana passada ao TCU e Ministério da Infraestrutura e o tribunal estão mantendo conversas sobre o assunto.
“Como os projetos de desestatização e de concessão já estão em análise no Tribunal de Contas da União (TCU), os processos dos terminais portuários STS10 e STS53 seguem tramitando concomitantemente, com previsão de envio à Corte de Contas em outubro”, afirmou o Ministério da Infraestrutura.
As eleições são vistas pela fonte como outro obstáculo ao leilão em um tempo tão apertado. “Não acontece mais nada esse ano; acabou”, acrescentou a fonte.
Procurado, o ministro do TCU Jorge Oliveira admitiu que considera exíguo o tempo para se tentar realizar o leilão do Porto de Santos ainda neste ano.
“Todo processo do Porto de Santos, tanto a concessão quanto a modelagem, é uma complexidade grande…precisa ser feito com muito zelo e cuidado”, disse ele a jornalistas durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
“Temos um tempo exíguo, com um período eleitoral pela frente que nos impõe dificuldade”, adicionou.
Rodrigo Viga Gaier
Fonte: Reuters
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