Os manguezais cobrem 0,16% do território brasileiro, uma área equivalente a 1,4 milhão de hectares. Estima-se que 80% do ecossistema costeiro esteja inserido em três estados: Maranhão, Pará e Amapá.
Assim como as florestas e ecossistemas terrestres capturam o chamado “carbono verde” do ambiente, os manguezais e ecossistemas costeiros puxam o “carbono azul”. A definição é a mesma, com a cor sendo usada apenas para distinguir a região em que ocorre o processo.
Mas o manguezal tem seu destaque. Segundo um estudo publicado em 2022 na Frontiers in Forests and Global Change, um hectare desse ecossistema no Brasil pode armazenar entre duas e quatro vezes mais carbono do que um mesmo hectare de qualquer outro bioma. Até mesmo a floresta amazônica é passada para trás nessa disputa, como pontuou o Jornal da USP.
Também é possível olhar em uma perspectiva mundial. Os manguezais são capazes de sequestrar quase 1 bilhão de toneladas de carbono a cada ano, o que equivale a 10% de todo o carbono emitido anualmente no mundo pelos humanos.
A maior parte do carbono fica estocada no solo do manguezal, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Por um lado, temos um reservatório natural que contribui para o meio ambiente. Por outro, é como se uma verdadeira bomba estivesse sob o solo, pronta para explodir a qualquer sinal de destruição do bioma.
Não basta apenas preservar os manguezais. Além disso, os cientistas defendem que é necessário restaurar as áreas que já foram perdidas, ampliando a região do bioma. Dessa forma, será possível manter esse rico ecossistema e ainda combater as mudanças climáticas que ameaçam o nosso planeta.
Fonte: UOL
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