Segundo Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, a demanda fraca continua a dominar o mercado de feijão no Brasil, resultando em uma tendência de queda nos preços. Na madrugada de terça-feira, a única transação registrada foi a venda de um lote comercial nota 8, o que ilustra a cautela dos compradores, que ainda não realizaram aquisições significativas.
Durante a metade da semana, um período geralmente favorável para negociações, o movimento de compradores foi limitado. A venda se restringiu a um lote de feijão carioca extra nota 9, com escurecimento lento, e a oferta total foi baixa, refletindo a hesitação dos vendedores devido à fraca demanda. Embora as cotações mais atrativas tenham gerado expectativas de melhores negócios, o mercado se manteve com pouca movimentação. No pós-pregão da quarta-feira, foram realizados alguns negócios, reduzindo as sobras para a madrugada seguinte.
Na quinta-feira, o mercado de São Paulo viu algumas movimentações pontuais. Rumores indicam negociações de feijão da cultivar Dama (8,5) a R$ 255,00 por saca, Dama (8) a R$ 200,00 por saca, Sabiá (8) a R$ 180,00 por saca, e Sabiá (7) a R$ 170,00 por saca. No entanto, a demanda por produtos extra continua retraída, complicando a precificação e a negociação entre as partes.
Oliveira observa que “a falta de dinamismo é evidente, com pouca disposição para negociar entre compradores e vendedores. Os contatos ocorrem ao longo do dia devido à oferta de amostras. Os grãos padrão extra estão sendo oferecidos por no máximo R$ 300,00 por saca, mas a cautela dos compradores e a baixa demanda mantém o mercado estável, sem grandes pressões para ajustes de preços.”
Quanto ao feijão preto, os vendedores estão tentando oferecer melhores condições para estimular o escoamento. Há rumores de que uma carga de feijão preto extra está sendo negociada na faixa de R$ 280,00 a R$ 290,00 por saca, mas sem confirmações oficiais, esses valores permanecem como meras indicações.
O mercado de feijão preto continua praticamente estagnado, com preços pressionados para baixo devido ao excesso de produção e à demanda reduzida. Apesar da pressão baixista, as cotações encontram certo suporte na desvalorização do real frente ao dólar, o que beneficia as exportações e ajuda a aliviar o excesso de oferta interna. O longo período de entressafra, que se estende até dezembro, também contribui para a estabilização dos preços em níveis menos voláteis.
Fonte: Portal do Agronegócio
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