A meta de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030 e reduzir o uso de combustíveis fósseis está ao alcance, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) em um relatório nesta terça-feira, 24, mas exigirá um grande esforço para eliminar gargalos, como licenças e conexões de rede.
O relatório surge no momento em que líderes governamentais e empresariais se reúnem na Semana do Clima de Nova York para tentar impulsionar as ações contra as mudanças climáticas.
Quase 200 países na cúpula climática COP 28, realizada em Dubai no ano passado, concordaram em atingir zero emissões líquidas do setor de energia até 2050 e se comprometeram a triplicar a capacidade de energia renovável, como a eólica e a solar.
A IEA afirmou que a meta de energia renovável “está ao alcance graças a condições econômicas favoráveis, ao amplo potencial de produção e a políticas sólidas”, mas disse que a maior capacidade de energia renovável, por si só, não reduziria o uso de combustíveis fósseis e os custos para os consumidores.
“Para destravar todos os benefícios da meta de triplicação, os países precisam fazer um esforço conjunto para construir e modernizar 25 milhões de quilômetros de redes elétricas até 2030. O mundo também precisaria de 1.500 gigawatts (GW) de capacidade de armazenamento de energia até 2030”, disse a IEA.
Os países presentes na COP 28 também se comprometeram a dobrar as medidas de eficiência energética para ajudar a reduzir o uso de energia, mas essa meta exigirá que os governos façam da eficiência uma prioridade política muito maior.
Os países devem incorporar as metas de eficiência energética e de energias renováveis em seus planos nacionais para cumprir os objetivos estabelecidos no acordo climático de Paris, disse a IEA. As emissões do setor energético global atingiram um recorde no ano passado.
Triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar as medidas de eficiência energética para reduzir o uso de energia poderia reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa em 10 bilhões de toneladas até o final da década, em comparação com o que se espera, segundo o relatório.
Por: Susanna Twidale Fonte: Nova Cana
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