Marcos Montes conversou com ministro da Justiça e com o diretor da PRF nesta quarta-feira (2) e engrossou o coro de que as manifestações nas rodovias precisam parar
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou à CNN que, apesar de considerar as manifestações justas, não concorda com os bloqueios de estradas. Isso porque, segundo ele, esse tipo de ação prejudica o agronegócio no país.
“O movimento em si eu acho justíssimo, de muita espontaneidade, sem bagunça. Mas agora a eleição já foi. Temos que aceitar, passou. O bloqueio nas estradas é um ´bumerangue´ que prejudica o nosso agro, o nosso povo, e ainda estamos dentro do nosso governo”, disse.
Para Montes, manifestações “com paz e tranquilidade” devem ser respeitadas. Porém, considera que os protestos nas estradas são “dramáticos” para a produção rural e o campo.
No lugar de problema, o governo quer transformar os protestos em um marco, que credenciaria o retorno do presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma nova eleição. “Essas manifestações consagram a maior liderança da direita conservadora que o Brasil produziu nas últimas décadas e estará como líder por muitos e muitos anos”, afirmou Montes.
O ministro da Agricultura se reuniu nesta quarta-feira (2) com o ministro da Justiça, Anderson Torres, e com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e reforçou os pedidos para que as estradas fossem desbloqueadas. Para explicar a demora, integrantes do governo têm apontado a dificuldade de identificar uma liderança.
Após o primeiro pronunciamento, considerado vago por seus apoiadores, Bolsonaro se reuniu na noite de terça-feira com ministros de seu governo, no Alvorada, e ouviu a avaliação de que a cada hora de bloqueio das estradas, ele perdia patrimônio político.
O novo posicionamento do presidente divulgado nesta quarta-feira com pedido mais explícito para que os manifestantes deixem as rodovias veio após pedidos de aliados.
Entre as preocupações, a dificuldade de escoamento da produção rural foi uma das que mais pesaram.
Basília Rodrigues
Fonte: CNN
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