Na terça-feira (14), físicos atmosféricos e funcionários da NASA explicaram o funcionamento do TEMPO, acrônimo em inglês para “Emissões Troposféricas: Monitoramento da Poluição”, um novo instrumento espacial em fase final de implantação, que promete ser um passo decisivo no monitoramento da poluição atmosférica na América do Norte.
O TEMPO, segundo a NASA, “é um espectrômetro ultravioleta e visível que será hospedado no Intelsat 40e, um satélite comercial construído pela Maxar Technologies. Os sensores do TEMPO medirão a luz solar refletida e espalhada pela superfície e atmosfera da Terra, permitindo observar as assinaturas espectrais de poluentes atmosféricos, incluindo ozônio e dióxido de nitrogênio”.
Fruto de uma parceria entre a agência espacial norte-americana e o Observatório Astrofísico Smithsonian, o TEMPO ficará a bordo de um satélite geoestacionário, o que significa permanecer em uma posição fixa em relação à superfície da Terra. Funcionando durante o dia, ele observará a luz do Sol refletida na atmosfera terrestre, fornecendo subsídios para que os cientistas identifiquem os poluentes presentes e sua localização.
O que o TEMPO apresenta de novo?
O grande diferencial do TEMPO em relação aos satélites convencionais é que os cientistas podem observar as emissões a cada hora, ao longo do dia. “Os satélites que usamos atualmente estão orbitando a Terra a cerca de 700 quilômetros acima da superfície, cerca de 14 a 15 vezes por dia”, explicou a física Caroline Nowlan, do Harvard & Smithsonian, na apresentação.
Essa mobilidade orbital implica que cada uma dessas naves passa sobre um determinado ponto da Terra na mesma hora do dia, fornecendo uma única medição diária, geralmente na mesma hora do dia. O TEMPO, por sua vez, gira “junto com o planeta”, ou seja, mostra uma grande variabilidade da poluição em pequenas escalas. Isso pode ser feita tanto em grandes metrópoles, como Nova York, como em pequenas regiões urbanas da América do Norte.
Uma vez que diferentes emissões de gases assumem cores características, os detectores de luz ultravioleta do instrumento permitirão que cientistas se concentrem em três gases poluentes: o dióxido de nitrogênio, associado ao surgimento da asma; o ozônio, que é benéfico na estratosfera, mas prejudicial às plantações se abaixo do solo; e o formaldeído, subproduto da combustão fóssil e cancerígeno, conforme a Sociedade Americana do Câncer.
Fonte: TecMundo
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