Resolvidas as eleições no Congresso Nacional, é momento oportuno para que a atenção dos agentes do setor elétrico se volte para o parlamento.
Aos reeleitos e novos deputados e senadores que tomarão posse no ano que vem. O tema do custo da energia no Brasil já ganhou espaço relevante na mídia e nas campanhas presidenciais.
Todos já sabiam que a energia é cara e está ficando cada vez mais cara.
Ganhou espaço e atenção a ideia de que energia é muito mais do que a conta luz. Está cristalizado no imaginário das pessoas uma realidade cruel: quando a conta de energia sobe o preço dos produtos consumidos pela população sobe também.
O resultado disso é uma indústria menos competitiva, e grave comprometimento do orçamento familiar, hoje em um quarto.
Os dados falam por si. A cada R$ 10 na conta de luz, o brasileiro paga outros R$ 10 pela energia nos produtos e serviços que consome.
E é preciso lembrar que 50% do custo da energia são taxas, encargos, subsídios, impostos e outros penduricalhos.
Os brasileiros pagam por muita coisa que não deveria estar no custo da energia de suas contas de luz e dos produtos que consome.
Ameaças à competitividade nacional
O modelo de atribuir à energia os custos de políticas públicas na forma de encargos pune a produção nacional porque, ao contrário dos impostos, os encargos não são compensáveis e se acumulam ao longo das cadeias produtivas, penalizando o custo e a competitividade da produção nacional, onerando as nossas exportações.
Se considerada em separado, a energia representa o segundo item de custo da cesta básica dos brasileiros.
A redução da energia ao patamar potencial competitivo provocaria um aumento de 2 pontos percentuais no crescimento brasileiro por ano durante dez anos, gerando 7 milhões de empregos a mais no país.
Até o final de 2022, o valor desembolsado pelos brasileiros em subsídios, encargos e impostos será de R$ 144 bilhões, R$ 44 bilhões a mais que o desembolsado em 2021.
O montante equivale a uma vez e meio do orçamento do Auxílio Brasil e quase o dobro do investimento do governo para o ano.
Fernando Teixerense
Fonte: Epbr
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