A chegada da esperada tecnologia 5G — dez vezes mais rápida que a atual 4G — deve impactar o agronegócio brasileiro e sacramentar a participação das agtechs — as startups dedicadas ao nicho — trazendo definitivamente a tecnologia ao campo e à gestão dos negócios. Essa é a expectativa das operadoras de telefonia, empresas de informática, de educação e indústria que estão se preparando para isso.
O governo federal planeja cobrir todo o território nacional com acesso à internet até 2029. De acordo com estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), apenas um remanejo que permita a utilização de 4.400 torres e antenas já existentes elevaria a cobertura de internet, até 2026, para 48% do País. Atualmente, segundo dados do Ministério da Agricultura, apenas 23% das localidades agrícolas têm acesso às conexões de internet.
Especialistas em tecnologia acreditam que o 5G — devido à velocidade de conexão de um gigabyte por segundo — facilitará o monitoramento das fazendas cobrindo os hectares com drones e câmeras de vigilância, aumentará a utilização de máquinas com inteligência artificial permitindo automação, capacitará o acompanhamento de processos que minimizem perdas e detectem zonas de entrave, resolverá a comunicação entre gestores, funcionários e parceiros de produção e trará mais informações, em especial as de previsão do tempo, otimizando a produção.
Nesse cenário promissor, entram as agtechs e a capacitação de profissionais para atender as demandas. O Ministério da Agricultura lançou na quarta-feira, 27 de julho, o programa Agro-Hub Brasil com um portal de notícias sobre agricultura digital, soluções tecnológicas para o campo e linhas de apoio e fomento público e privado disponíveis para agtechs em todo o País,
O Brasil atrai 90% dos investimentos para startups do agro na América Latina sendo que em um único ano, 2020, o setor atraiu investimentos de US$ 70 milhões. Para entender o volume de crescimento, o Brasil, em uma década, 2009 a 2019, tinha captado US$ 165 milhões para o setor. Os números são de um estudo elaborado pela consultoria Homo Ludens Research & Consulting em parceria com a Embrapa e o fundo de investimentos SP Ventures.
A presidente da Microsoft no Brasil, Tania Cosentino, em entrevista à emissora BandNews, explicou que a gigante do setor pretende capacitar 30 milhões de profissionais para suprir uma demanda cada vez mais crescente.
Fontes: ApexBrasil