José Geraldo, um dos nomes mais importantes na história da Coopercitrus , hoje ocupa a vice-presidência do conselho administrativo da cooperativa mais importante do Brasil. Em entrevista exclusiva à Visão Agro durante a Agrishow 2023, ele fala do momento desafiador da Agricultura brasileira e das soluções que o corporativismo traz, não só para os pequenos investidores, como para grandes empresas, que, juntas, somam mais de 40 mil cooperados.
Visão Agro – Depois de tantos anos à frente da Coopercitrus, quais são suas atribuições e desafios na vice-presidência da cooperativa?
José Geraldo – Eu participo dos comitês da Cooperativa e também estou envolvido nos planejamentos estratégicos, que visam determinar onde estamos atualmente, para onde queremos ir e como alcançar nossos objetivos. Entre esses comitês, temos a diretoria executiva, onde minha principal função é ouvir as minorias e cooperados. Temos cinco polos regionais que são responsáveis por trazer as demandas dos clientes cooperados e garantir que suas necessidades sejam atendidas da melhor maneira possível.
Ao longo dos anos, desenvolvemos uma relação de confiança com nossos cooperados, construtores de máquinas e fornecedores de insumos. É importante para nós manter essa relação de confiança e continuar a trazer inovações e novidades para o pequeno e grande produtor. Precisamos garantir que esse trabalho importante continue, mesmo com o passar dos anos.
Visão Agro – Para quem não conhece ainda, quais os benefícios do cooperativismo no Agronegócio?
José Geraldo – Cooperativismo é isso. Durante a feira contamos com a presença de mais de 60 parceiros, cujo objetivo era trazer novos membros para nossa cooperativa e mostrar a eles todos os benefícios que podemos oferecer.
No estande, mostramos todo o ecossistema do plantio, desde a escolha da semente até a colheita. Foi possível adquirir placas fotovoltaicas, sementes, fertilizantes, tratores, plantadeiras, colheitadeiras e até mesmo equipamentos de processamento, como silos e pulverizadores. O evento foi uma oportunidade para mostrar a amplitude e diversidade de serviços que oferecemos aos nossos cooperados.
Com a mudança de governo recente no Brasil, guerra entre russos e ucranianos, o que esperar de impactos na economia?
José Geraldo – Estamos vivendo um momento difícil. A palavra é resiliência. Trata-se de um ano desafiador. No ano passado, um pouquinho antes da guerra houve uma expectativa muito grande. Houve expectativa grande de faltar insumos, fertilizantes, os preços subiram muito. Medo de falta de fertilizantes foi emblemático. Depois houve estabilização no segundo semestre. As químicas passaram com muito estoque. Agora estão comprando para evitar um gargalo muito grande. Na Agrishow existem linhas de créditos muito favoráveis.
Temos um plano de planejamento, onde todos os insumos são comprados antecipadamente. Criamos uma intercooperação para fornecer linhas de crédito para nossos cooperados, mesmo na ausência do BNDES, para que eles possam comprar seus insumos de acordo com o plano Safra.
Estamos fazendo um planejamento onde o cooperado compra seus insumos, sementes, fertilizantes. Recebemos milho, soja ou café com pagamento no futuro e fazemos troca. E no próximo ano fazemos uma troca. Pagamento no próximo ano, na colheita.
Visão Agro – Para o pequeno investidor, médio cooperado, o que a Coopercitrus planeja?
José Geraldo – Desembarcar tecnologia para o pequeno e médio produtor. Levando tecnologia para aquele que não pode ter acesso a outras maiores.
Exemplo: Caixa variável. Gerar valor para o cooperado produzir mais com menos. Ele tem o crédito. Isso é gerar valor para o cooperado, gerar mais com menos.
Cooperativa é isso, o que ele compra, ele participa. Sendo extensão da sua casa. Nossos pilares são de equidade. No princípio do cooperativismo. Cooperativa é isso. Não é só vender preço.
Assista a entrevista completa aqui:
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