Os acionistas da Petrobras reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) na tarde de hoje elegeram os oito novos membros para o conselho de administração da estatal, segundo fontes. Foram eleitos seis indicados pela União: Gileno Barreto, Caio Andrade (atual presidente), Jônathas de Castro, Ricardo Alencar, Edison Garcia, Iêda Cagni.
Também foram eleitos dois nomeados pelos acionistas minoritários, Marcelo Gasparino e José João Abdalla, que concorriam à reeleição.
Ficaram de fora os dois candidatos da União que concorriam à reeleição: Márcio Weber e Ruy Schneider.
Com exceção de Iêda Cagni, todos os demais eleitos atingiram o número mínimo de votos para tomarem vagas no conselho, que era de 5,39 bilhões de votos. A executiva não atingiu esse número de votos, mas o presidente da mesa da AGE, Bernardo Costa e Silva, optou por não abrir uma segunda rodada de votações, dado que não havia possibilidade matemática de alteração no resultado.
Com isso, foram confirmados no conselho de administração da estatal o atual presidente executivo da companhia, Caio Andrade, e os dois executivos que tiveram as indicações questionadas pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal, por conflito de interesses: Castro e Alencar.
Fontes a par do tema disseram que os acionistas da Petrobras elegeram Gileno Gurjão Barreto para a presidência do conselho. Indicado pela União para comandar o conselho da estatal, Barreto recebeu 4.754.151.840 votos.
O investidor Renato Chaves indicou Marcelo Gasparino para presidir o colegiado, como alternativa a Barreto, e recebeu cinco votos. Já o investidor Thales de Carvalho Nascimento propôs o nome de Ieda Aparecida Cagni, tendo recebido apenas um voto.
Ao todo, acionistas detentores de 6,3% das ações, que se manifestaram por meio do boletim de voto a distância, foram contra a aprovação de Barreto no cargo, enquanto detentores de 5,4% das ações aprovaram seu nome e 1,09% se abstiveram.
Uma das empresas contratadas por investidores para ajudá-los a definir votos em assembleias de companhias abertas, a ISS, não recomendou voto em Gileno Barreto como presidente do conselho. Para a ISS, a eleição de um “chairman” não independente impacta de forma negativa as práticas de governança corporativa da petroleira. O Valor antecipou a recomendação da ISS na semana passada e, na ocasião, Barreto não quis comentar.
Fonte: Valor Econômico