A Petrobras estuda implantar no Brasil um hub de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) e vai começar por um projeto piloto no terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ), uma das bases da principal província petrolífera do país.
Segundo o gerente executivo de Reservatórios da companhia, Tiago Homem, a ideia do hub é criar uma infraestrutura de escoamento do CO2 a partir de locais de captura em instalações industriais — até seu armazenamento permanente feito em um reservatório abaixo do mar.
O investimento pretende ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa das próprias operações, e envolver outros setores, como indústria de cimento e siderúrgicas.
O primeiro passo será o piloto no Rio de Janeiro, com capacidade de capturar 100 mil toneladas de CO2 por ano. Também em fase de estudos, a previsão de implantação depende de análises complementares.
Homem explica que o projeto de Macaé vai contribuir para testar tecnicamente as soluções e ajudar o país a construir um arcabouço regulatório que fomente este tipo de projeto.
“A regulação é um dos principais desafios para o desenvolvimento de CCS no Brasil, assim como a busca por aquíferos salinos com capacidade de armazenar grandes volumes de CO2”, comenta.
Em seguida, o objetivo é criar um hub de CCS no Rio de Janeiro, que reúna grandes emissores industriais — os clientes potenciais do serviço prestado pela Petrobras. Esse cluster do Rio terá capacidade para 25 milhões de toneladas por ano e a companhia está estudando outros pontos no país.
Nayara Machado
Fonte: Agência epbr
Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real ou nos acompanhe através do Telegram