Cuidados antecipados são essenciais para garantir a eficiência econômica e mitigar riscos climáticos
O plantio escalonado, adotado para enfrentar adversidades climáticas e otimizar a logística, requer uma atenção especial por parte dos produtores para garantir sua eficácia econômica e evitar desafios adicionais. Décio Shigihara, engenheiro agrônomo e Coordenador Técnico da Satis, ressalta que o manejo nutricional é crucial para cultivares com ciclos mais curtos. A demanda energética dessas plantas precisa ser atendida de forma antecipada para evitar problemas como “veranicos”, excesso de chuva na colheita e outras dificuldades nutricionais.
Shigihara alerta para a importância da aplicação precisa de nutrientes. “Se houver um erro no timing da aplicação, pode haver uma insuficiência de nutrientes no momento em que a planta realmente precisa”, explica o especialista.
Na região central do Brasil, o plantio de variedades precoces de soja visa antecipar a safrinha de milho e algodão, possibilitando duas safras anuais. Embora essa prática seja economicamente vantajosa, ela apresenta riscos significativos. “Os manejos de solo, pragas e doenças precisam ser intensivos durante a safra e a safrinha, uma vez que as plantas são mais precoces e exigem mais cuidados”, observa Shigihara.
O engenheiro agrônomo também destaca a importância de monitorar as janelas de plantio. “Quando se acelera a janela de plantio, a complexidade aumenta, pois pode haver chuvas na colheita ou períodos prolongados de estiagem, resultando na perda de uma safra”, adverte. Ele lembra de uma ocorrência recente com a soja, onde o calor intenso e a baixa umidade do ar levaram ao abortamento e perdas de produtividade. Por isso, o manejo nutricional adequado, a estruturação do solo e uma boa inoculação são fundamentais para o desenvolvimento saudável das culturas.
Para ajudar nesse cenário, a Satis desenvolveu soluções como Vitakelp, Soymax, Sturdy e Vitan, que auxiliam as plantas a superar o estresse e minimizar os efeitos de intempéries e deficiências nutricionais. Shigihara destaca que, ao contrário das cultivares de soja mais antigas, que tinham ciclos de 140/150 dias e podiam tolerar pequenas perdas de 10/15 dias, as variedades atuais não suportam esses períodos de atraso. “Hoje, perder 10/15 dias é um problema sério”, conclui o especialista.
Fonte: Portal do Agronegócio
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