Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (20), seguindo a queda de outros ativos de risco, diante de um dólar forte e de investidores antecipando mais aumentos nas taxas de juros do banco central norte-americano (Fed), destinados a conter a inflação.
Os contratos futuros do Brent caíram US$ 1,38, ou 1,5%, para US$ 90,62 o barril, enquanto o contrato outubro do petróleo WTI terminou em US$ 84,45, queda de US$ 1,28 no dia de seu vencimento. O contrato novembro mais ativo recuou US$ 1,42, a US$ 83,94 por barril.
Tanto o Brent quanto o WTI estão a caminho de suas maiores quedas trimestrais em termos percentuais desde o início da pandemia da Covid-19. O Brent atingiu cerca de US$ 139 o barril em março, seu maior valor desde 2008.
O Federal Reserve dos EUA deve aumentar as taxas de juros em mais 75 pontos-base na quarta-feira para frear a inflação. Essas expectativas estão pesando sobre as ações, que muitas vezes se movem em conjunto com os preços do petróleo. Outros bancos centrais, incluindo o da Inglaterra, também se reúnem esta semana.
As taxas mais altas impulsionaram o dólar, que permaneceu perto de uma máxima de duas décadas em relação aos pares na terça-feira, tornando o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas.
“O mercado de petróleo está preso entre preocupações de baixa e esperanças de alta. As preocupações são motivadas pelo aperto monetário agressivo nos EUA e na Europa, que está aumentando a probabilidade de uma recessão e pode pesar nas perspectivas de demanda por petróleo”, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities da UBS.
Fonte: Reuters
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