Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
terça-feira, julho 1, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Prejuízos com mastite chega a R$ 6 bilhões na produção leiteira do Brasil

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
24 março, 2023
em Pecuária
Tempo de leitura: 7 minutos
A A
0
Home Culturas Pecuária

A mastite, inflamação da glândula mamária, é uma das doenças que mais resulta em prejuízo para o criador de gado leiteiro no Brasil e no mundo. De acordo com os últimos levantamentos da Embrapa Gado de Leite, esta enfermidade provoca perdas equivalentes a R$ 6 bilhões por ano.

Para Petterson Sima, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Kersia, estas perdas acontecem devido à redução da produção de leite, custos elevados com tratamentos e descartes prematuros de vacas com mastite crônica. “E as propriedades mais afetadas são as de baixa e média tecnologias, principalmente, por não disporem de conhecimento das ferramentas, recursos e/ou mão de obra capacitada para analisar a saúde de cada animal. São estes fatores que levam os criadores a terem mais prejuízos. Se tivessem conhecimento mais aprimorado ou condições de aplicar os métodos de controle, seriam capazes de detectar a doença com mais agilidade e evitariam prejuízos onerosos. Sabemos que é uma doença traiçoeira, principalmente, por se manter oculta por semanas, até meses”, ressalta.  

Como identificar mastite clínica?

É mais fácil de ser percebida, pois o leite apresenta grumos visíveis com o auxílio do teste da caneca telada (ou caneca do fundo preto). Em casos mais graves, pode haver pus ou sangue no leite, além do úbere apresentar inflamação, intensificando o prejuízo e em alguns casos pode causar a inutilização do quarto mamário. “É muito importante que, antes de cada ordenha e em cada vaca, seja realizado o teste da caneca. Lembrando sempre que devem ser retirados três jatos de leite, o que garante um diagnóstico efetivo e a exclusão do leite residual contaminado”, ressalta Sima. 

Difícil diagnóstico da mastite subclínica

Este tipo de mastite possui caráter silencioso, dificultando a detecção a olho nu. De acordo com a Embrapa, a estimativa de queda de produção de leite nesse estágio está entre 25% e 42%. “Estudos científicos, com análises individuais de leite em fazendas de Minas Gerais, por exemplo, já detectaram perdas acima de 900kg de leite para vacas primíparas e 1.100kg para vacas multíparas com mastite subclínica durante uma lactação, ou seja, uma média acima de 3kg por dia em perdas de produtividade durante o ciclo produtivo..

 “Por atingir maior número de animais e ser de difícil diagnóstico, fatalmente, resulta em gastos ainda maiores que os casos clínicos, podendo representar 2/3 de todo prejuízo da doença”, alerta Petterson. Devido à falta de sinais evidentes da enfermidade, são necessários testes auxiliares para o diagnóstico da Contagem de Células Somáticas no leite (CCS), através de testes clínicos na própria fazenda, com ferramentas de contagem eletrônica ou reagentes químicos para estimativas ou análises laboratoriais de alta precisão das amostras de leite. Mas, para que tenha uma análise assertiva e de credibilidade, é importante que seja realizada em laboratórios credenciados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Tecnicamente, considera-se que vacas saudáveis apresentam contagens de até 200.000 células/ml.

Como proteger seu gado leiteiro da mastite?

A mastite é uma doença multifatorial, ou seja, existem diversas causas para sua incidência, como imunidade baixa, desnutrição, estresse térmico por calor, traumas, ordenhadeira sem revisão periódica, entre outros. Mas, provavelmente, o fator de maior destaque seja o cuidado com os tetos antes e após a ordenha.

Conhecidos como pré e pós-dipping, os manejos de preparo dos tetos do úbere com auxílio de soluções químicas especializadas antes e após a ordenha trazem benefícios para a saúde dos animais e para o bolso do produtor de leite. Promover tetos livres de contaminantes e uma pele sadia impactam diretamente na prevenção de mastite e melhoria dos índices de CCS e CBT (Contagem Bacteriana Total).

A CBT é bem controlada pela limpeza do equipamento. Mas o pré-dipping pode ser um grande aliado na busca por melhor nível desse índice, reduzindo a sujeira presente nos tetos e captadas pelo maquinário de ordenha. Além disso, vacas com mastite também contribuem para o aumento de CBT do leite, afinal, a mastite promove maior CCS e essa alta concentração de células no leite são contabilizadas na CBT. Da mesma maneira, a CCS é afetada por tetos mau higienizados antes e após a ordenha, pois novos casos de mastite podem surgir quando esses processos estão deficientes e expõem o canal do teto à patógenos presentes na sujidade e na pele.

A higienização significa limpar e desinfetar os tetos. É na limpeza que a maior parte dos microrganismos é eliminada. Mas a utilização de água para lavar o teto é desaconselhada, principalmente, porque na tentativa de lavar apenas os tetos, várias outras partes do úbere são molhadas também. Essa água não é enxugada e escorre para dentro das teteiras durante a ordenha, carregando muitos microrganismos para o leite e expondo os quartos mamários à novas infecções. O melhor manejo para retirada de sujeira pesada é com toalhas de tecido embebidas de soluções desinfetantes, mas o papel toalha também é uma boa alternativa e a mais comum.

Já a desinfecção visa eliminar ao máximo o número de microrganismos na pele do teto antes da ordenha, principalmente as que ficariam na pele após a limpeza. “São vários princípios ativos com eficácia comprovada, mas lembre-se sempre que o tipo de ativo e sua concentração são apenas dois fatores que conferem a eficiência do produto. A formulação é o que garante o resultado, pois outros elementos da composição podem potencializar ou atrapalhar a ação do princípio ativo, além de que, alguns ativos perdem eficiência quando entram em contato com a matéria orgânica. Por isso, produtos com o mesmo ativo e concentrações similares podem ter desempenhos diferentes. A tecnologia de formulação faz diferença”, ressalta Petterson.

Além de desinfetar é preciso garantir que os produtos e o manejo não agridam a pele dos tetos das vacas. E mais do que isso, promovam benefícios cosméticos com compostos hidratantes, emolientes, suavizantes e curativos (cicatrizantes e esfoliantes). Além de benefícios exclusivos de cada categoria de composto, existem relações de equilíbrio entre agentes hidratantes e emolientes que se não forem respeitadas podem prejudicar ao invés de beneficiar a saúde da pele.

De acordo com o gerente, vários estudos já comprovaram uma grande relação entre lesões nos tetos e aumento de CCS e casos de mastite. “Tetos lesionados acumulam mais sujeira e microrganismos nas feridas e rachaduras da pele, se tornando mais difíceis de limpar e desinfetar, mesmo com produtos mais eficientes e tecnológicos”, explica.

Após a ordenha o aspecto de higienização continua sendo muito importante para prevenir a permanência de patógenos na pele, esfíncter e canal do teto, oriundos de contaminação cruzada nas teteiras ou do ambiente. Petterson complementa que “esse é o momento propício para potencializar o combate com auxílio de soluções que não apenas eliminem microrganismos, mas garantam o efeito barreira. Utilizar produtos que se aderem bem ao teto gera economia e eficiência.

Quanto mais tempo essa barreira permanecer na superfície do teto, sem escorrer ou pingar, maior o tempo para ação higiênica e também melhor ação dos compostos cosméticos. Por fim, todo esse produto aderido à pele se torna uma barreira física e química de proteção contra contaminantes do ambiente, o que reduz novos casos de mastite que impactarão na CCS e CBT”. Se a barreira deve ser mais espessa ou mais fina, mais úmida ou seca, dependerá do ambiente de permanência dos animais. Por isso, a orientação técnica específica para cada fazenda é importantíssima. Não existe uma receita de bolo”, alerta.

Dados de mercado

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, conforme o MAPA – com mais de 34 bilhões de litros de leite por ano, com produção em 98% dos municípios brasileiros. As pequenas e médias propriedades são as maiores responsáveis pela produção do país, empregando em torno de 4 milhões de pessoas. Atualmente, o Brasil conta com mais de 1 milhão de propriedades produtoras de leite e as projeções do agronegócio da Secretaria de Política Agrícola, estimam que, para 2030, irão permanecer os produtores mais eficientes, que se adaptarem à nova realidade de adoção de tecnologia, melhorias na gestão e maior eficiência técnica e econômica.  

Fonte: LN Comunicação

—

Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real ou nos acompanhe através do Telegram

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Estudo mostra que mel pode retardar o envelhecimento

Próximo post

Porto de Santos movimentou 10,9 milhões de toneladas de carga em fevereiro

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Preço do boi gordo registra alta em SP, cotado a R$ 310 a arroba a prazo
Pecuária

Exportações sustentam preços do boi gordo em mercado de valorização contida

por Redação Visão Agro
23 junho, 2025

Demanda externa impulsiona o setor, enquanto o cenário interno mostra sinais de cautela O mercado físico do boi gordo apresentou...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo inicia junho estável
Pecuária

Preço da arroba do boi gordo fica estável enquanto boi China sobe R$ 2 em SP

por Redação Visão Agro
11 junho, 2025

No mercado interno, as vendas de carne reagiram no início deste mês O preço do boi gordo ficou estável nas...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo registra alta em SP, cotado a R$ 310 a arroba a prazo
Pecuária

Preço do boi gordo registra alta em SP, cotado a R$ 310 a arroba a prazo

por Redação Visão Agro
6 junho, 2025

Expectativa é de preços firmes nos próximos meses, sustentados pelas exportações aquecidas e um mercado interno mais capitalizado O preço...

Ler maisDetails
Boi: Maior interesse comprador e oferta mais restrita estabilizam preços
Pecuária

Boi: Maior interesse comprador e oferta mais restrita estabilizam preços

por Redação Visão Agro
5 junho, 2025

A sequência de quedas de preços em boa parte de maio vem dando espaço para estabilidade no mercado pecuário e,...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo inicia junho estável
Pecuária

Preço do boi gordo inicia junho estável

por Redação Visão Agro
3 junho, 2025

Arroba foi negociada, em média, por R$ 302 a prazo nesta segunda-feira (2/6) nas principais praças de São Paulo O...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo começa a semana sem alterações na maioria das regiões
Pecuária

Preço do boi gordo começa a semana sem alterações na maioria das regiões

por Redação Visão Agro
27 maio, 2025

No mercado de carne, vendas estiveram em ritmo lento no setor varejista Cenário é de demanda fraca pela carne bovina,...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo estabiliza em São Paulo
Pecuária

Preço do boi gordo estabiliza em São Paulo

por Redação Visão Agro
22 maio, 2025

Em Minas Gerais, Goiás e Pará, as cotações da arroba caíram em todas as regiões Negócio no mercado bovino foram...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo segue sem sinais de recuperação no curto prazo
Pecuária

Preço do boi gordo segue sem sinais de recuperação no curto prazo

por Redação Visão Agro
16 maio, 2025

Tendência é de que as cotações sigam recuando com a chegada da estação seca Em Mato Grosso, após dois meses...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo registra queda de R$ 3 em São Paulo
Pecuária

Preço do boi gordo registra queda de R$ 3 em São Paulo

por Redação Visão Agro
13 maio, 2025

A perspectiva é de que os preços sigam caindo caso o consumo interno não melhore Escalas de abate da indústria...

Ler maisDetails
Preço do boi gordo segue estável em São Paulo
Pecuária

Preço do boi gordo segue estável em São Paulo

por Redação Visão Agro
9 maio, 2025

Exportações seguem em patamares recordes, o que dá sustentação ao mercado diante do cenário baixista Arroba foi negociada a R$...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post

Porto de Santos movimentou 10,9 milhões de toneladas de carga em fevereiro

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36