Agosto trará temperaturas acima da média e chuvas escassas em grande parte do Brasil, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller. Segundo ele, o mês seguirá a tendência de julho, sendo mais quente do que o normal.
A análise do mapa de anomalia de temperatura para os próximos três meses mostra que o calor predominará no interior do Sudeste, Centro-Oeste e áreas do centro-sul da região Norte. A previsão é de que o calor comece a aliviar em setembro e outubro, com a volta gradual das chuvas, embora ainda abaixo da média.
Para agosto, a expectativa é de tempo muito seco em todo o país, com chuvas abaixo da média na região Sul. Em setembro e outubro, mesmo com o início do período chuvoso, as precipitações continuarão abaixo da média no Centro-Oeste, Sudeste e Norte. Essa situação agrava a seca, especialmente no Norte, onde as temperaturas podem atingir entre 38 ºC e 40 ºC.
O La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, está se formando, mas não deve ser forte. Ele deve se configurar na primavera e perder força no verão, com impacto limitado na temperatura e nas chuvas. No entanto, a chuva abaixo da média no Sul pode atrasar o início das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste, afetando a safra de grãos que será plantada em setembro.
A previsão para os últimos dias de julho e início de agosto indica pouca nebulosidade, com o bloqueio atmosférico persistindo no Brasil central. Chuva significativa está prevista apenas para o extremo norte do país e a faixa leste da região Nordeste. No Sul, linhas de instabilidade podem romper o bloqueio e trazer chuvas isoladas, acompanhadas de rajadas de vento e granizo, especialmente no fim de semana.
As temperaturas seguirão elevadas, com máximas de 37 ºC no Centro-Oeste e Norte. A seca potencializa o risco de incêndios em várias regiões, exigindo atenção dos produtores rurais.
Por: Luis Roberto Toledo Fonte: Canal Rural
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