Uma provável parcela maior da safra de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, em detrimento do etanol, no maior produtor mundial, o Brasil, manteve os mercados do adoçante em baixa nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (4). A análise foi feita pela Reuters com base em operadores de mercado da commodity.
Segundo estes comerciantes, as mudanças na política brasileira de combustíveis sob o novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, provavelmente favorecerão o uso da cana para produzir açúcar em vez de etanol. “Bem, para todas as usinas ou grupos de usinas que vinham fazendo planos para aumentar a produção de etanol, esses planos agora parecem questionáveis”, disse um corretor de açúcar dos EUA para a Agência Internacional de Notícias.
Outro fator que pressionou o mercado ontem é o aumento da produção de açúcar na Índia, que tem deixado o mercado na defensiva.
Em Nova York a quarta-feira (4) foi de baixa em todas as telas da ICE Futures para o açúcar bruto. O lote março/23 foi contratado ontem a 19,54 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 16 pontos no comparativo com os preços praticados na véspera. Já a tela maio/23 fechou em 18,35 cts/lb, recuo de 9 pontos. Os demais contratos caíram entre 1 e 9 pontos.
Açúcar branco
Em Londres o açúcar branco também fechou em baixa em quase todos os lotes da ICE Futures Europe, a única exceção foi a tela maio/24 que subiu 30 cents de dólar, a US$ 471,20 a tonelada. O lote março/23, de maior liquidez, fechou desvalorizado em 4,40 dólares, contratado a US$ 543,10 a tonelada. Os demais vencimentos oscilaram para baixo entre 10 cents a 4 dólares.
Açúcar cristal
No mercado doméstico a quarta-feira também foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 135,13 contra R$ 136,51 de terça-feira, desvalorização de 1,01% no comparativo.
Etanol hidratado
O etanol hidratado também registrou queda nas cotações nesta quarta-feira. O biocombustível foi comercializado pelas usinas ontem a R$ 2.906,00 o m³, contra R$ 2.945,50 o m³ praticado na terça-feira, desvalorização de 1,34% pelo Indicador Diário Paulínia.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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